São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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ANÁLISE

País é o maior exemplo de drama da região sul da África

ENVIADO À SUAZILÂNDIA

A Suazilândia é só a face mais crônica de um fenômeno ainda um tanto misterioso. Como a Aids se implantou de maneira tão grave num pedaço específico do planeta, o sul da África?
Os oito países com maior proporção de contaminados do mundo pertencem a essa região. O nono colocado (a República Centro-Africana) tem metade do índice do oitavo (Moçambique).
Algumas hipóteses são rotineiramente levantadas: fatores culturais, como a poligamia e a suprema autoridade do homem sobre a mulher, são uma tentativa de explicar o desastre.
A negligência oficial, principalmente na África do Sul, desperdiçou anos em debates inúteis sobre as causas da doença e a eficácia de drogas já testadas e aprovadas.
A resistência à camisinha e o conservadorismo de uma sociedade que discute sexo de maneira muito tímida empurram o HIV adiante.
Essa batalha o continente já perdeu. Vem agora outra, centrada em como congelar a epidemia e prolongar a vida dos pacientes.
Tardiamente e ainda com falhas, drogas antirretrovirais estão sendo distribuídas.
Com doentes vivendo mais, é provável até que a proporção de portadores do vírus aumente, antes de lentamente começar a cair.
O que é certo é que a redução dos índices de contaminados para um dígito ainda está a anos de distância. (FZ)

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