São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2011

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ONU diz que a Síria "provavelmente" tinha reator nuclear

Relatório de agência identifica instalação bombardeada em 2007 como sede atômica

DE SÃO PAULO

Um relatório confidencial da AIEA, a Agência Internacional de Energia Atômica, indica que uma instalação na Síria bombardeada em 2007 por aviões pertencentes a Israel era "muito provavelmente" um reator nuclear.
Parte do conteúdo do documento foi vazado ontem pela rede de televisão britânica BBC e pela agência de notícias Reuters.
A AIEA está em processo de investigação sobre as acusações americanas de que a Síria, com a ajuda dos norte-coreanos, construía secretamente o reator na cidade de Dair Alzour, que está localizada no deserto sírio.
O governo do país responde dizendo que o local, que fica em uma zona remota no norte, era uma instalação militar em construção.
As autoridades também negaram qualquer ligação com a Coreia do Norte, que, por sua vez, também refutou transferência de tecnologia nuclear para Damasco.
O relatório também revela a informação de que o prédio é parecido, no tamanho e na estrutura, com um reator, e amostras vindas dele apontam para uma relação com atividades nucleares.
A Síria é signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear (NPT, na sigla em inglês), o que lhe dá o direito de enriquecer urânio, sempre sob supervisão da AIEA, a fim de usar a tecnologia nuclear para fins pacíficos.

IRÃ
A agência de energia atômica da ONU recebeu novas informações sobre possíveis aspectos militares do programa atômico do Irã, o que aumenta a suspeita de que o país esteja desenvolvendo um míssil nuclear.
O novo relatório divulgado ontem diz respeito às atividades recentes, incluindo as realizadas no ano passado, segundo um funcionário que participa das investigações.
A AIEA mostra que o país não abandonou sua ambição nuclear, apesar do aumento das sanções internacionais, já que continua acumulando urânio enriquecido, o combustível usado nos reatores.
A constatação pode fazer com que os EUA e seus aliados europeus procurem isolar ainda mais o regime. O governo iraniano diz que seu objetivo é gerar eletricidade.


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