|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GUERRA SEM LIMITES
Promessa é feita durante visita oficial do presidente paquistanês
Bin Laden será capturado, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, disse que a captura de
Osama bin Laden, líder da rede
terrorista Al Qaeda, é apenas uma
questão de tempo. Ele também
prometeu prender o ex-ditador
iraquiano Saddam Hussein. Bin
Laden e Saddam são os dois fugitivos mais procurados pelas forças americanas.
"Estamos em plena caçada. Não
importa quanto tempo demoraremos", disse Bush, durante visita
do ditador do Paquistão, Pervez
Musharraf, a Camp David, casa
de campo da Presidência, na primeira vez que um líder do Sudeste
Asiático foi recebido no local.
O general Musharraf, um dos
principais aliados dos EUA na
guerra contra o terrorismo devido à sua vizinhança com o Afeganistão, disse acreditar que Bin Laden esteja vivo na fronteira paquistanesa-afegã.
"Se Osama bin Laden está aqui
[do lado paquistanês] ou do outro
lado, seu palpite [dirigindo-se a
um repórter] poderia ser tão bom
quanto o meu. A possibilidade
maior é de ele estar sempre mudando de lado", disse Musharraf.
A fronteira é montanhosa e habitada por grupos tribais sobre os
quais o governo paquistanês tem
pouco controle.
Segundo Bush, o Paquistão capturou mais de 500 membros da Al
Qaeda e do Taleban (milícia extremista islâmica que governava o
Afeganistão até novembro de
2001) desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
O presidente americano anunciou um pacote de ajuda ao Paquistão de US$ 3 bilhões, assim
como a assinatura de um acordo
comercial. Também anunciou o
perdão de dívida de US$ 1 bilhão.
Apesar do clima cordial, Musharraf não conseguiu que Bush
resolvesse um impasse entre os
dois países: a liberação de 28 jatos
militares F-16 comprados pelo
Paquistão há 13 anos, mas cuja
entrega foi bloqueada pelo Congresso americano devido ao programa nuclear paquistanês e porque Musharraf chegou ao poder
por meio de um golpe militar.
Mulá Omar
O jornal paquistanês "The
News" disse ontem que o mulá
Omar, líder do deposto regime do
Taleban e também foragido desde
2001, teria nomeado um conselho
para organizar a "resistência"
contra as tropas estrangeiras no
Afeganistão. Há cerca de 11.500
soldados estrangeiros no país.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Irã na mira: 56% dos americanos apóiam ataque ao Irã Próximo Texto: Paz sob ataque: Israel prende 130 palestinos em operação militar na Cisjordânia Índice
|