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São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003

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GUERRA SEM LIMITES

Promessa é feita durante visita oficial do presidente paquistanês

Bin Laden será capturado, diz Bush

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que a captura de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, é apenas uma questão de tempo. Ele também prometeu prender o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Bin Laden e Saddam são os dois fugitivos mais procurados pelas forças americanas.
"Estamos em plena caçada. Não importa quanto tempo demoraremos", disse Bush, durante visita do ditador do Paquistão, Pervez Musharraf, a Camp David, casa de campo da Presidência, na primeira vez que um líder do Sudeste Asiático foi recebido no local.
O general Musharraf, um dos principais aliados dos EUA na guerra contra o terrorismo devido à sua vizinhança com o Afeganistão, disse acreditar que Bin Laden esteja vivo na fronteira paquistanesa-afegã.
"Se Osama bin Laden está aqui [do lado paquistanês] ou do outro lado, seu palpite [dirigindo-se a um repórter] poderia ser tão bom quanto o meu. A possibilidade maior é de ele estar sempre mudando de lado", disse Musharraf.
A fronteira é montanhosa e habitada por grupos tribais sobre os quais o governo paquistanês tem pouco controle.
Segundo Bush, o Paquistão capturou mais de 500 membros da Al Qaeda e do Taleban (milícia extremista islâmica que governava o Afeganistão até novembro de 2001) desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
O presidente americano anunciou um pacote de ajuda ao Paquistão de US$ 3 bilhões, assim como a assinatura de um acordo comercial. Também anunciou o perdão de dívida de US$ 1 bilhão.
Apesar do clima cordial, Musharraf não conseguiu que Bush resolvesse um impasse entre os dois países: a liberação de 28 jatos militares F-16 comprados pelo Paquistão há 13 anos, mas cuja entrega foi bloqueada pelo Congresso americano devido ao programa nuclear paquistanês e porque Musharraf chegou ao poder por meio de um golpe militar.

Mulá Omar
O jornal paquistanês "The News" disse ontem que o mulá Omar, líder do deposto regime do Taleban e também foragido desde 2001, teria nomeado um conselho para organizar a "resistência" contra as tropas estrangeiras no Afeganistão. Há cerca de 11.500 soldados estrangeiros no país.


Com agências internacionais


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