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Israel aumenta controle de aldeias no sul do Líbano
Hizbollah mata soldados israelenses; Exército afirma ter prisioneiros do grupo
Militares planejam embates na região pelo menos até este domingo; bombardeios matam 2 civis libaneses, e saldo de mortos vai a 384
MICHEL GAWENDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE HAIFA
Dois soldados de Israel foram mortos e 20 ficaram feridos no segundo dia de combates com o Hizbollah pelo controle da aldeia xiita de Bint
Jbeil, considerada "capital" do
grupo terrorista no sul do Líbano, de alto valor simbólico.
O Hizbollah não divulga número de mortos, mas os israelenses dizem que mataram dez
guerrilheiros e fizeram prisioneiros, que estão sendo interrogados. Israel também mantém pelo menos nove corpos de
membros do Hizbollah, que podem ser usados em trocas.
Três tanques do Exército israelense foram avariados pelo
Hizbollah, com minas e mísseis. Dois pilotos morreram na
queda de um helicóptero Apache em território israelense. O
aparelho pode ter sido derrubado por um míssil portátil do
grupo. Foi o segundo incidente
com helicópteros israelenses
em menos de uma semana. Na
quinta-feira, dois Apaches chocaram-se no ar e dois pilotos
morreram. Cada aparelho custa US$ 35 milhões.
Os militares israelenses dizem que assumiram o controle
das entradas de Bint Jbeil, em
ação terrestre com apoio aéreo
e de artilharia. Anteontem, o
Exército israelense assumiu o
controle de Maroun al Ras, aldeia no topo de um monte a
500 metros da fronteira, ponto
de observação de toda a região.
As mortes dos soldados israelenses só foram anunciadas
horas depois do conflito. O
Exército só divulga mortes depois de avisar as famílias dos
soldados. A política geral de Israel é evitar a divulgação de detalhes dos combates, principalmente depois de acusações de
falha de informações de Inteligência, que teriam provocado
erros na ofensiva.
Na avaliação de oficiais, o
Exército tem pelo menos até
domingo para continuar a
ofensiva, sob pressão diplomática por um cessar-fogo. Foram
convocados reservistas e há
mais tanques e blindados esperando para entrar em ação.
Beirute sem ataques
A Força Aérea israelense
manteve os bombardeios contra o sul do Líbano, mas não
atacou Beirute por causa da
presença da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice.
Um libanês foi morto em casa durante um bombardeio de
caças israelenses. O número
oficial de mortos no Líbano
chegou a 384, sendo 20 soldados do Exército regular e 11 homens do Hizbollah.
Os caças atingiram também
Nabatiyeh, Sidon e Tiro, de onde Israel diz que estão sendo
lançados foguetes contra Haifa.
Pela primeira vez desde o início
do conflito, foi atacado um
campo de refugiados palestinos
perto de Tiro. Um homem morreu e 15 ficaram feridos.
Mesmo sob ataque pesado de
artilharia e por terra, o Hizbollah manteve o poder de fogo e
disparou foguetes contra 15 localidades no norte de Israel.
Houve 16 feridos.
"O grupo tem uma estrutura
respeitável, oferece resistência.
Não temos ilusões sobre sua capacidade, porque durante anos
preparou-se para este combate.
Mas está erodindo aos poucos",
disse ontem o brigadeiro-general Ido Nechushtan.
Sharon
Em Tel Aviv, o estado de saúde do ex-premiê de Israel Ariel
Sharon ficou estável, segundo
comunicado do hospital Tel
Hashomer. Houve piora no
funcionamento renal no fim de
semana. Mas não há "perigo
imediato", segundo os médicos.
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