BASILDON PETA
DO "INDEPENDENT"

Os EUA querem formar uma "coalizão voluntarista" para derrubar o regime do ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, há mais de 20 anos no poder.
A nova embaixadora dos Estados Unidos na África do Sul, Jendayi Frazer, disse ontem que a diplomacia silenciosa adotada pelos sul-africanos e outros países da região nas negociações com Mugabe precisam ser revistas porque não há indícios de que esteja funcionando. Ela disse que os EUA participariam de um coalizão caso fossem convidados.
"Os EUA não poderiam agir sozinhos, bater o pé no chão e dar ao sr. Mugabe 48h para partir, como foi pedido pelos extenuados zimbabuenses, mas estaríamos dispostos a trabalhar numa coalizão com outros países para devolver o Zimbábue à democracia."
"Há claramente uma crise no Zimbábue. Todo mundo precisa reconhecer isso. A economia está em queda livre. Há um ambiente cada vez mais repressivo. Precisa haver um retorno à democracia", disse Frazer.

África do Sul
A embaixadora disse que os EUA acreditam que a África do Sul possa assumir um papel positivo para trazer o Zimbábue de volta à democracia e que tenha os meios para fazê-lo. "O país tem provavelmente mais vantagens do que qualquer outro país na sub-região e deveria assumir uma papel de liderança", disse Frazer, que é bastante ligada a Condoleezza Rice, assessora de Segurança Nacional da Casa Branca.
Ontem, a União Internacional Parlamentar divulgou um relatório no qual acusa o governo Mugabe de nada fazer para impedir que suas violentas milícias persigam e torturem parlamentares do partido oposicionista Movimento pela Mudança Democrática.
Mugabe tem impulsionado uma polêmica legislação que banirá do país ONGs estrangeiras envolvidas em direitos humanos e proibirá o financiamento externo para ONGs zimbabuenses. Várias igrejas já advertiram que a lei impedirá suas ações contra a fome nesse país.


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