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Bush minimiza; oposição vê
oportunidade
DA REDAÇÃO
A Casa Branca disse ontem
que o resumo feito pelo
"New York Times" do relatório conjunto das 16 agências
de espionagem americanas
sobre as conseqüências da
Guerra do Iraque "não é representativo do documento
completo".
Mas a oposição democrata
viu na reportagem mais uma
oportunidade de conquistar
apoio nas eleições legislativas de novembro, que renovarão a Câmara e a metade
das cadeiras do Senado -o
Partido Republicano tem
maioria nas duas Casas.
"A caracterização da Estimativa Nacional de Inteligência feita pelo "New York
Times" não é representativa
do documento completo. O
ódio [dos terroristas] pela liberdade não se desenvolveu
da noite para o dia, essas sementes foram plantadas décadas atrás. Em vez de esperar enquanto eles conspiram
e planejam ataques para matar americanos inocentes, os
Estados Unidos tomaram a
iniciativa de responder", disse Peter Watkins, porta-voz
da Casa Branca.
Mas os democratas insistiram. "Todo analista de informação com quem eu falo
confirma isso [que a invasão
do Iraque piorou o problema
do terrorismo]. Não acho
que os eleitores se deixarão
enganar", disse a deputada
democrata Jane Harman, da
Califórnia.
"[O relatório] deve pôr o
último prego no caixão da
farsa do argumento de Bush
sobre a Guerra do Iraque",
disse o senador Edward Kennedy, de Massachusetts.
"Infelizmente este relatório mostra que a política do
governo Bush para o Iraque
não apenas tornou a guerra
mais difícil e mais perigosa
para nossos soldados como
também tornou a guerra ao
terror mais perigosa para todos os americanos", disse o
deputado Rahm Emanuel,
do Illinois.
Os próprios democratas,
porém, estão divididos em
relação à estratégia futura
em relação ao Iraque. A cúpula do partido teme que a
defesa de uma retirada, mesmo escalonada, passe a imagem de que os democratas
são fracos para defender o
país de ameaças externas.
Com agências internacionais
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