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Engenheiro esteve envolvido em acidente do metrô
SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre os funcionários brasileiros da Odebrecht que tiveram os direitos constitucionais
suspensos pelo governo do
Equador devido a problemas na
hidrelétrica San Francisco está
o engenheiro Fabio Gandolfo.
Em janeiro de 2007, Gandolfo comandava a construção da
linha 4-amarela, cenário do
maior acidente da história do
metrô de São Paulo, quando a
abertura de uma cratera perto
da marginal Pinheiros deixou
sete mortos e vários feridos.
Laudo do IC (Instituto de
Criminalística) apresentado
em agosto apontou problemas
na execução da obra e deficiência na fiscalização.
Depois do acidente, Gandolfo, funcionário da empresa há
20 anos, foi "promovido" -segundo a Odebrecht- a chefe
das operações no Equador, cargo que ocupa desde junho de
2007. A empresa afirma que o
engenheiro chegou ao Equador
quando a construção da hidrelétrica já havia terminado.
No momento em que foi
proibido de sair do país, anteontem, Gandolfo já estava em
São Paulo havia vários dias para
avaliar com a Odebrecht os
próximos passos na negociação
com o governo equatoriano.
Outro brasileiro que teve seus
direitos constitucionais suspensos, Luiz Antônio Mameri,
chefe da Odebrecht para a
América Latina, também já se
encontrava fora do Equador.
A Folha tentou falar com
Gandolfo por meio da Odebrecht, que informou não ter
conseguido localizá-lo. Em sua
casa em São Paulo, informaram
que ele não estava.
Os dois outros funcionários
visados pelo decreto, Fernando
Bessa e Eduardo Gedeon, seguem abrigados na residência
do embaixador do Brasil em
Quito. Com a suspensão dos direitos constitucionais, os dois
perderam o direito ao devido
processo penal -o que inclui
presunção da inocência.
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