São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Engenheiro esteve envolvido em acidente do metrô

SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os funcionários brasileiros da Odebrecht que tiveram os direitos constitucionais suspensos pelo governo do Equador devido a problemas na hidrelétrica San Francisco está o engenheiro Fabio Gandolfo.
Em janeiro de 2007, Gandolfo comandava a construção da linha 4-amarela, cenário do maior acidente da história do metrô de São Paulo, quando a abertura de uma cratera perto da marginal Pinheiros deixou sete mortos e vários feridos.
Laudo do IC (Instituto de Criminalística) apresentado em agosto apontou problemas na execução da obra e deficiência na fiscalização.
Depois do acidente, Gandolfo, funcionário da empresa há 20 anos, foi "promovido" -segundo a Odebrecht- a chefe das operações no Equador, cargo que ocupa desde junho de 2007. A empresa afirma que o engenheiro chegou ao Equador quando a construção da hidrelétrica já havia terminado.
No momento em que foi proibido de sair do país, anteontem, Gandolfo já estava em São Paulo havia vários dias para avaliar com a Odebrecht os próximos passos na negociação com o governo equatoriano. Outro brasileiro que teve seus direitos constitucionais suspensos, Luiz Antônio Mameri, chefe da Odebrecht para a América Latina, também já se encontrava fora do Equador.
A Folha tentou falar com Gandolfo por meio da Odebrecht, que informou não ter conseguido localizá-lo. Em sua casa em São Paulo, informaram que ele não estava.
Os dois outros funcionários visados pelo decreto, Fernando Bessa e Eduardo Gedeon, seguem abrigados na residência do embaixador do Brasil em Quito. Com a suspensão dos direitos constitucionais, os dois perderam o direito ao devido processo penal -o que inclui presunção da inocência.


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