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Temendo terror, coalizão reforça
segurança no final do Ramadã
DA REDAÇÃO
O Conselho de Governo Iraquiano pediu ontem ao Conselho
de Segurança das Nações Unidas
a adoção de uma resolução encampando o novo cronograma
que estabelece a transferência de
poder no Iraque em junho de
2004 e a realização de eleições gerais no fim de 2005.
Em sua resposta, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou receber "com interesse as
opiniões do Conselho Iraquiano
relativas a uma participação ativa
das Nações Unidas no processo
político do Iraque".
Membros do Conselho de Segurança já haviam começado a discutir uma possível nova resolução
para refletir o acordo de 15 de novembro entre a Autoridade Provisória da Coalizão e o Conselho de
Governo Iraquiano que definiu
um cronograma mais acelerado
para a transmissão do governo.
Porém, muitos membros do Conselho de Segurança estavam esperando por uma posição oficial do
Conselho Iraquiano antes de tomar qualquer decisão.
Expectativa de ataques
As forças dos EUA reforçaram a
segurança no Iraque devido ao temor de novos ataques após o fim
do Ramadã (mês sagrado para os
islâmicos).
Os soldados foram colocados
em estado de alerta. Helicópteros
voaram baixo, fiscalizando a capital iraquiana. Apesar das advertências, milhares de muçulmanos
sunitas se reuniram na mesquita
de Abu Hanifa, um dos locais
mais sagrados para o sunismo.
Foram registradas pequenas explosões na capital iraquiana. Mas
não houve registro de vítimas.
Um oleoduto foi incendiado no
norte do país. Ataques também
atingiram uma refinaria. Em
Mossul, uma emboscada, na qual
foi utilizada uma bomba, deixou
um soldado americano ferido.
Durante o Ramadã, que terminou ontem para os sunitas e acaba
hoje para os xiitas iraquianos, foram registradas 70 mortes de soldados americanos.
Divergência
O presidente da França, Jacques
Chirac, divergiu do premiê britânico, Tony Blair, sobre as propostas americanas de transferência
de poder no Iraque. Chirac disse
que a transição, apoiada por Blair,
será muito lenta. Em Madri, a ministra das Relações Exteriores,
Ana Palacio, disse que o cotidiano
em Bagdá é pior hoje do que na
época em que o ex-ditador Saddam Hussein governava o país. A
Espanha apoiou os esforços dos
EUA para depor Saddam.
Com agências internacionais
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