São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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Temendo terror, coalizão reforça segurança no final do Ramadã

DA REDAÇÃO

O Conselho de Governo Iraquiano pediu ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a adoção de uma resolução encampando o novo cronograma que estabelece a transferência de poder no Iraque em junho de 2004 e a realização de eleições gerais no fim de 2005.
Em sua resposta, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou receber "com interesse as opiniões do Conselho Iraquiano relativas a uma participação ativa das Nações Unidas no processo político do Iraque".
Membros do Conselho de Segurança já haviam começado a discutir uma possível nova resolução para refletir o acordo de 15 de novembro entre a Autoridade Provisória da Coalizão e o Conselho de Governo Iraquiano que definiu um cronograma mais acelerado para a transmissão do governo. Porém, muitos membros do Conselho de Segurança estavam esperando por uma posição oficial do Conselho Iraquiano antes de tomar qualquer decisão.

Expectativa de ataques
As forças dos EUA reforçaram a segurança no Iraque devido ao temor de novos ataques após o fim do Ramadã (mês sagrado para os islâmicos).
Os soldados foram colocados em estado de alerta. Helicópteros voaram baixo, fiscalizando a capital iraquiana. Apesar das advertências, milhares de muçulmanos sunitas se reuniram na mesquita de Abu Hanifa, um dos locais mais sagrados para o sunismo.
Foram registradas pequenas explosões na capital iraquiana. Mas não houve registro de vítimas. Um oleoduto foi incendiado no norte do país. Ataques também atingiram uma refinaria. Em Mossul, uma emboscada, na qual foi utilizada uma bomba, deixou um soldado americano ferido.
Durante o Ramadã, que terminou ontem para os sunitas e acaba hoje para os xiitas iraquianos, foram registradas 70 mortes de soldados americanos.

Divergência
O presidente da França, Jacques Chirac, divergiu do premiê britânico, Tony Blair, sobre as propostas americanas de transferência de poder no Iraque. Chirac disse que a transição, apoiada por Blair, será muito lenta. Em Madri, a ministra das Relações Exteriores, Ana Palacio, disse que o cotidiano em Bagdá é pior hoje do que na época em que o ex-ditador Saddam Hussein governava o país. A Espanha apoiou os esforços dos EUA para depor Saddam.


Com agências internacionais


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