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EUA se mobilizam em prol de sul-coreanos
País desloca porta-aviões nuclear para região após ataque da Coreia do Norte contra ilha sul-coreana anteontem
Descoberta de corpos de 2 civis aumenta tensão; Washington pede a Pequim que intervenha com aliada Pyongyang
Bang Sung-hae/Associated Press
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Manifestante sul-coreano incendeia uma bandeira da Coreia do Norte em protestos em Seul contra ataque de anteontem
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Os EUA e a Coreia do Sul
iniciam neste domingo exercício naval no mar Amarelo
em reação ao bombardeio
norte-coreano contra uma
ilha sul-coreana, anteontem.
Na frente diplomática,
Washington exortou Pequim
a adotar uma posição mais
firme com a Coreia do Norte.
Para liderar as manobras,
Washington deslocou o porta-aviões nuclear USS George
Washington (75 aeronaves e
6.000 tripulantes), estacionado numa base no Japão.
A realização dos exercícios, com duração prevista
de quatro dias, foi decidida
em conversa por telefone entre o presidente americano,
Barack Obama, e seu colega
sul-coreano, Lee Myung-bak.
No campo diplomático, os
EUA exortaram a China a influenciar a Coreia do Norte,
que tem em Pequim seu principal aliado, contra ações militares como a de anteontem.
"A China é essencial para
colocar a Coreia do Norte numa direção fundamentalmente diferente", disse o
porta-voz do Departamento
de Estado, P.J. Crowley.
"Esperamos que a China
seja clara, como nós somos,
sobre a quem cabe a responsabilidade da situação."
O chefe do Estado Maior
Conjunto americano, Michael Mullen, atribuiu o ataque à sucessão do ditador
Kim Jong-il em favor de seu
filho, Kim Jong-un.
Ontem, a China voltou a
exortar que as Coreias "mantenham a calma" e retomem
o diálogo "o mais rápido possível".
Pequim defende a volta
das negociações multilaterais (as duas Coreias, China,
Rússia, Japão e EUA), paralisadas desde 2009. Washington diz que não volta à mesa
enquanto Pyongyang continuar seu programa nuclear.
RETALIAÇÕES
A Coreia do Sul anunciou
ontem a interrupção da ajuda humanitária ao Norte, que
já estava bastante reduzida,
com média mensal de US$
500 mil, quase só alimentos.
Em março, Seul já havia
interrompido quase todo o
comércio com o vizinho após
o afundamento do navio militar sul-coreano Cheonan.
Pyongyang nega que tenha
torpedeado a embarcação.
Agora, o único laço econômico importante é o encrave
industrial da Coreia do Sul na
cidade norte-coreana de Kaesong, perto da fronteira. São
121 empresas que empregam
44 mil norte-coreanos.
A nova crise na Península
Coreana foi provocada por
uma intensa troca de disparos de artilharia na ilha de
Yeonpyeong, controlada pelo Sul, mas geograficamente
mais próxima do Norte.
Os dois lados se acusam de
ter iniciado o confronto, um
dos mais graves desde o fim
da Guerra da Coreia, em 1953.
Ontem, equipes de resgate
sul-coreanas encontraram os
corpos de dois civis na ilha,
elevando para quatro o número de mortos no ataque
-os outros dois eram militares. A Coreia do Norte não informou se teve baixas.
Com agências internacionais
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