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Cirurgião espanhol embarca para Cuba para tratar de Fidel Castro
O médico José Luis García Sabrido é especialista em operações no intestino
DA REDAÇÃO
O cirurgião espanhol José
Luis García Sabrido, chefe do
serviço de cirurgia do hospital
público Gregorio Marañón, em
Madri, viajou à Havana para
tratar do ditador cubano, Fidel
Castro, 80, segundo informou
"El Periódico de Cataluña".
Ele viajou à ilha na última
quinta-feira em um avião fretado pelo governo de Cuba. Levou consigo equipamentos médicos de última geração não
disponíveis no país.
O objetivo da visita é determinar as medidas que podem
ser adotadas para deter o progressivo estado de deterioração
da saúde do presidente cubano.
O médico deve realizar um exame completo para avaliar se é
necessária nova cirurgia.
Fidel foi submetido a uma
complicada cirurgia intestinal
após se afastar do poder em 31
de julho, e desde então não apareceu publicamente.
Nesses cinco meses, só foi
visto em fotos e em cinco vídeos divulgados pelo governo
- o mais recente em 28 de outubro para desmentir rumores
sobre o agravamento de seu estado de saúde.
Ausência no aniversário
Acredita-se que o ditador esteja com câncer, mas a informação não foi confirmada pelo
governo cubano. Sua ausência
nas comemorações de seus 80
anos, celebradas no início de
dezembro, quando 1.800 convidados estrangeiros foram para
Havana, aumentou os rumores
de que Fidel estaria inconsciente ou sob tratamento de
quimioterapia.
José Luis García Sabrido,
profissional reconhecido na
Espanha, costuma tratar de figuras ilustres. O hospital público Gregorio Marañón é um dos
melhores da Espanha.
Os médicos que atendem Fidel conhecem o currículo de
Sabrido já que ele participou do
9º Congresso Cubano de Medicina Cirúrgica, que aconteceu
no início do mês passado, no
Palácio de Convenções de Havana.
Na última sexta-feira, Raúl
Castro, 75, que dirige Cuba interinamente, afirmou que o estado de saúde de seu irmão
"continua em progresso".
Pela segunda vez, em 30
anos, Fidel não compareceu a
uma sessão do Congresso, última do ano, que foi presidida pela primeira vez por Raúl. O assento do ditador permaneceu
vazio e não houve explicação a
respeito de sua ausência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que planeja
visitar Fidel Castro em janeiro.
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