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Justiça da Argentina vai investigar Néstor Kirchner
Ex-presidente é acusado de "associação ilícita"
DA REDAÇÃO
O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, marido da
atual presidente, Cristina
Kirchner, será investigado na
Justiça argentina por suposta
associação ilícita durante seu
governo (2003-2007). O ministro do Planejamento, Julio de
Vido, que se manteve no cargo
com a ascensão de Cristina,
também será investigado.
A denúncia foi apresentada
pela oposicionista Elisa Carrió
-do segundo partido mais votado nas últimas eleições de
2007, o Coalizão Cívica- no último dia 12 de novembro.
No processo, Carrió alega
que o governo distribuiu grandes contratos de construção e
licenças para a exploração de
petróleo em troca de recompensas financeiras.
"Caso da mala"
São listados 30 casos de corrupção que, segundo Carrió, foram compilados por membros
da ARI (Afirmação para uma
República Igualitária) e da Coalizão Cívica durante cinco anos
e meio.
Entre eles está o suposto encobrimento do "caso da mala"
-a tentativa de um empresário
venezuelano de ingressar na
Argentina em 2007 com US$
800 mil que, segundo investigações pela Justiça americana,
seriam para financiamento da
campanha presidencial de
Cristina.
Também será investigado
contrato assinado entre Kirchner e o presidente venezuelano
Hugo Chávez, em 2004, pelo
qual os argentinos comprariam
petróleo da Venezuela e esta,
por sua vez, compraria produtos manufaturados argentinos.
Além de Kirchner e De Vido,
são citados outros ex-ministros
e 18 empresas argentinas que
teriam sido beneficiadas em licitações.
As investigações, a cargo do
juiz federal Julián Ercolini, só
começarão em fevereiro de
2009.
Enquanto Carrió celebrou o
início das investigações, o deputado governista José María
Díaz Bancalari afirmou que
"ninguém duvida que a denúncia é política". Carrió, entretanto, mantém-se confiante: "A associação ilícita não será difícil
de comprovar".
Com agências internacionais
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