São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

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Justiça da Argentina vai investigar Néstor Kirchner

Ex-presidente é acusado de "associação ilícita"

DA REDAÇÃO

O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, marido da atual presidente, Cristina Kirchner, será investigado na Justiça argentina por suposta associação ilícita durante seu governo (2003-2007). O ministro do Planejamento, Julio de Vido, que se manteve no cargo com a ascensão de Cristina, também será investigado.
A denúncia foi apresentada pela oposicionista Elisa Carrió -do segundo partido mais votado nas últimas eleições de 2007, o Coalizão Cívica- no último dia 12 de novembro.
No processo, Carrió alega que o governo distribuiu grandes contratos de construção e licenças para a exploração de petróleo em troca de recompensas financeiras.

"Caso da mala"
São listados 30 casos de corrupção que, segundo Carrió, foram compilados por membros da ARI (Afirmação para uma República Igualitária) e da Coalizão Cívica durante cinco anos e meio.
Entre eles está o suposto encobrimento do "caso da mala" -a tentativa de um empresário venezuelano de ingressar na Argentina em 2007 com US$ 800 mil que, segundo investigações pela Justiça americana, seriam para financiamento da campanha presidencial de Cristina.
Também será investigado contrato assinado entre Kirchner e o presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2004, pelo qual os argentinos comprariam petróleo da Venezuela e esta, por sua vez, compraria produtos manufaturados argentinos.
Além de Kirchner e De Vido, são citados outros ex-ministros e 18 empresas argentinas que teriam sido beneficiadas em licitações.
As investigações, a cargo do juiz federal Julián Ercolini, só começarão em fevereiro de 2009.
Enquanto Carrió celebrou o início das investigações, o deputado governista José María Díaz Bancalari afirmou que "ninguém duvida que a denúncia é política". Carrió, entretanto, mantém-se confiante: "A associação ilícita não será difícil de comprovar".


Com agências internacionais


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