São Paulo, sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

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COLÔMBIA

Agência ligada às Farc tenta isentar guerrilha de sequestro

DA REDAÇÃO

Dois dias após o sequestro e morte de um governador na Colômbia, crime atribuído às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo governo Álvaro Uribe, um comunicado distribuído ontem por agência de notícias ligada à guerrilha diz ser "irresponsável" apontar culpados sem os "resultados de uma investigação séria".
Foi a primeira manifestação de órgão ligado às Farc desde o crime, o sequestro político mais grave na Colômbia na gestão de Uribe, iniciada em agosto de 2002.
Para analistas, se confirmada a participação da guerrilha no atentado, o grupo busca mostrar força após reveses nos últimos dois anos e também influir na agenda pré-eleitoral -a Colômbia elege novo presidente em maio de 2010, e Uribe trabalha por reforma constitucional que o permita disputar um terceiro mandato.
O governador do departamento (Estado) de Caquetá (sul), Luis Francisco Cuellár, apareceu degolado na última terça-feira, menos de 24 horas após ser sequestrado em casa por um grupo armado.
Intitulada "A Uribe cabe toda a responsabilidade", a nota da agência Anncol, espécie de porta-voz das Farc, procura justificar o crime pela ação do presidente -que antes da notícia da morte deflagrara uma operação militar de resgate- e por supostas ligações da vítima com paramilitares de direita. "Quando o presidente ordena o resgate a sangue e fogo não se pode esperar outro resultado", diz o comunicado.


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