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COLÔMBIA
Agência ligada às Farc tenta isentar guerrilha de sequestro
DA REDAÇÃO
Dois dias após o sequestro
e morte de um governador
na Colômbia, crime atribuído às Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) pelo governo Álvaro Uribe, um comunicado distribuído ontem por agência de
notícias ligada à guerrilha diz
ser "irresponsável" apontar
culpados sem os "resultados
de uma investigação séria".
Foi a primeira manifestação de órgão ligado às Farc
desde o crime, o sequestro
político mais grave na Colômbia na gestão de Uribe,
iniciada em agosto de 2002.
Para analistas, se confirmada a participação da guerrilha no atentado, o grupo
busca mostrar força após reveses nos últimos dois anos e
também influir na agenda
pré-eleitoral -a Colômbia
elege novo presidente em
maio de 2010, e Uribe trabalha por reforma constitucional que o permita disputar
um terceiro mandato.
O governador do departamento (Estado) de Caquetá
(sul), Luis Francisco Cuellár,
apareceu degolado na última
terça-feira, menos de 24 horas após ser sequestrado em
casa por um grupo armado.
Intitulada "A Uribe cabe
toda a responsabilidade", a
nota da agência Anncol, espécie de porta-voz das Farc,
procura justificar o crime pela ação do presidente -que
antes da notícia da morte deflagrara uma operação militar de resgate- e por supostas ligações da vítima com
paramilitares de direita.
"Quando o presidente ordena o resgate a sangue e fogo
não se pode esperar outro resultado", diz o comunicado.
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