São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Oprah some da campanha de Obama, que continua a citá-la

DE NOVA YORK

"Três palavras: Oprah vice-presidente." Foi assim que Barack Obama encerrou na noite de anteontem sua lista -satírica- de dez promessas de governo no programa de David Letterman. Mas, propulsora de sua ascensão em Iowa -onde fez comícios ao lado do candidato, que acabou vitorioso no Estado-, a apresentadora mais poderosa da TV americana não está mais aparecendo na campanha.
Oprah Winfrey desapareceu dos palanques em janeiro nos últimos Estados que sediaram primárias democratas, e não há notícia de quando ela volta a defender votos para o senador de Illionois nas ruas ou em anúncios de TV.
Uma das hipóteses especuladas sobre o afastamento de Oprah, uma das celebridades negras de maior prestígio nos Estados Unidos, é a retaliação que ela recebeu de parte do público feminino (que é a base da audiência de seu programa de TV) por apoiar a candidatura de um homem contra a de Hillary Clinton, e assim prejudicar a possibilidade de os Estados Unidos elegerem a primeira mulher presidente na história do país.
No site oficial da apresentadora, centenas de mensagens reclamavam do apoio a Obama, classificavam a apresentadora de "traidora" das mulheres, disparando contra ela xingamentos e ofensas.
Enquanto Oprah segue ausente, estrategistas de Barack Obama continuam a utilizar em anúncios imagens de dezembro da campanha de Oprah nos Estados de Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul.
Na época, a dupla, apelidada de "Oprah-bama" e de "o fator 0 da campanha presidencial", chegou a reunir quase 30 mil espectadores, quase todos negros, em um estádio em Columbia, na Carolina do Sul.
Nos discursos, relembravam juntos o líder Martin Luther King Jr., assassinado após defender direitos iguais para todas as raças e liam passagens da Bíblia. Ela defendia também abertamente a importância histórica de um negro assumir, pela primeira vez, o controle da Casa Branca. (DB)


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