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Oprah some da campanha de Obama, que continua a citá-la
DE NOVA YORK
"Três palavras: Oprah vice-presidente." Foi assim que Barack Obama encerrou na noite
de anteontem sua lista -satírica- de dez promessas de governo no programa de David
Letterman. Mas, propulsora de
sua ascensão em Iowa -onde
fez comícios ao lado do candidato, que acabou vitorioso no
Estado-, a apresentadora mais
poderosa da TV americana não
está mais aparecendo na campanha.
Oprah Winfrey desapareceu
dos palanques em janeiro nos
últimos Estados que sediaram
primárias democratas, e não há
notícia de quando ela volta a
defender votos para o senador
de Illionois nas ruas ou em
anúncios de TV.
Uma das hipóteses especuladas sobre o afastamento de
Oprah, uma das celebridades
negras de maior prestígio nos
Estados Unidos, é a retaliação
que ela recebeu de parte do público feminino (que é a base da
audiência de seu programa de
TV) por apoiar a candidatura
de um homem contra a de Hillary Clinton, e assim prejudicar a possibilidade de os Estados Unidos elegerem a primeira mulher presidente na história do país.
No site oficial da apresentadora, centenas de mensagens
reclamavam do apoio a Obama,
classificavam a apresentadora
de "traidora" das mulheres, disparando contra ela xingamentos e ofensas.
Enquanto Oprah segue ausente, estrategistas de Barack
Obama continuam a utilizar
em anúncios imagens de dezembro da campanha de Oprah
nos Estados de Iowa, New
Hampshire e Carolina do Sul.
Na época, a dupla, apelidada
de "Oprah-bama" e de "o fator
0 da campanha presidencial",
chegou a reunir quase 30 mil
espectadores, quase todos negros, em um estádio em Columbia, na Carolina do Sul.
Nos discursos, relembravam
juntos o líder Martin Luther
King Jr., assassinado após defender direitos iguais para todas as raças e liam passagens da
Bíblia. Ela defendia também
abertamente a importância
histórica de um negro assumir,
pela primeira vez, o controle da
Casa Branca.
(DB)
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