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Mexicano confessa ter dissolvido 300 corpos
DA REDAÇÃO
Um traficante de drogas confessou à polícia mexicana que
dissolveu os corpos de cerca de
300 vítimas com corrosivos
químicos. Santiago Meza, que
foi preso em Ensenada, localidade a cerca de 800 quilômetros da fronteira com os Estados Unidos, relatou que, durante dez anos, utilizou soda cáustica para se desfazer dos cadáveres, a maioria de rivais que
lhe eram entregues por uma
facção do cartel Fernando Arellano Félix, de Tijuana.
O caso provocou uma comoção no México. Após o anúncio
da prisão de Meza, centenas de
pessoas procuraram as autoridades na esperança de localizar
os corpos de parentes desaparecidos na guerra do narcotráfico, que fez mais 5.700 vítimas
só em 2008.
"Temos esperança de que algumas dessas pessoas sejam
nossos parentes", declarou
Fernando Oseguera, cujo filho
está desaparecido desde 2007.
O México vive uma onda de
violência nos últimos dois anos,
e o presidente Felipe Calderón
assumiu o combate ao narcotráfico como meta de seu governo, colocando 36 mil soldados para enfrentar os cartéis
que disputam o mercado norte-americano.
Ao falar com os jornalistas na
sexta, o suspeito relatou que recebia US$ 600 por semana para
desaparecer com os corpos.
"Eu não sentia nada", disse ele.
"Eles me traziam os mortos e
eu apenas me desfazia deles."
Segundo o traficante, os cadáveres eram dissolvidos em
tambores industriais na periferia da cidade de Tijuana, violento centro do tráfico no país que
fica na fronteira com San Diego, cidade norte-americana no
litoral do oceano Pacífico.
Os restos dos corpos, que levavam cerca de 24 horas para se
decompor, eram enterrados
em valas próximas.
Com agências internacionais
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