São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

5 morreram ontem

Conflito já matou quase 1.500 soldados dos EUA

DA REDAÇÃO

O número de soldados americanos mortos no Iraque desde o início da guerra, em março de 2003, chega perto da marca de 1.500. Ontem, mais cinco soldados morreram em diferentes confrontos, elevando o número total para pelo menos 1.490 vítimas, segundo contagem da agência de notícias Associated Press.
De acordo com o Exército dos EUA, um soldado morreu durante operações na Província de Anbar. Em Bagdá, outro soldado morreu em decorrência de ferimentos, cujas causas são desconhecidas, mas que ocorreram fora de combate. O incidente deve ser investigado.
Três outros marines morreram e oito ficaram feridos na explosão de uma bomba em Tarmiyah, norte de Bagdá. Testemunhas, incluindo um repórter, afirmaram ter visto cerca de 12 soldados feridos no chão depois do ataque. Após o atentado, um tiroteio ocorreu no local.
O governo interino anunciou que forças iraquianas capturaram um dos maiores aliados do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi -ligado à rede Al Qaeda-, o homem mais procurado pelos EUA no Iraque. Talib Mikhlif Arsan Walman al Dulaymi, também conhecido como Abu Qutaybah, foi capturado no dia 20, em um confronto em Anah, a noroeste da capital Bagdá.
"Abu Qutaybah era responsável por determinar quem, quando e como os líderes terroristas iriam se encontrar com Al Zarqawi", disse um porta-voz do governo. Na mesma ocasião, foi preso Ahmad Ismail al Rawi, outro aliado de Al Zarqawi, que trabalhava como motorista do jordaniano.
Enquanto a violência continua assolando o país, o grão-aiatolá Ali al Sistani, o principal líder xiita iraquiano, deu seu aval à indicação ao cargo de premiê de Ibrahim al Jaafari, pela Aliança Unida Iraquiana. "O grão-aiatolá abençoou a decisão tomada pela aliança sobre o posto. Ele respeita e apóia o que a coalizão decidiu", afirmou Al Jaafari, o líder do partido islâmico conservador Dawa.
"Ele também nos aconselhou a levar em consideração a questão da unidade do Iraque, que será impossível caso o povo sunita não seja integrado", disse. Os árabes sunitas representam 20% dos iraquianos, mas estiveram no poder durante a ditadura de Saddam Hussein. Líderes árabe-sunitas pediram o boicote às eleições, mas os eleitos buscam o apoio da minoria, temendo uma guerra civil. O premiê interino, Iyad Allawi, também disputa o cargo.

Britânicos condenados
Um júri militar definiu a sentença contra três soldados britânicos condenados por maus-tratos na semana passada. Daniel Kenyon, culpado de não informar que homens sob seu comando forçaram prisioneiros a simular atos sexuais para tirar fotos, vai passar 18 meses preso.
Mark Cooley, condenado por suspender um homem em um caminhão para elevação de cargas e simular socar um preso, foi sentenciado a dois anos de cadeia. Darren Larkin, culpado de pisar em um detento, recebeu pena de cinco meses de prisão.


Com agências internacionais


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