São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

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Dissidente era pedreiro e encanador

DA REDAÇÃO

Orlando Zapata foi preso em 2003, dentro da "primavera negra", que levou à cadeia 75 opositores acusados de conspiração contra o regime cubano.
Por responder a acusações mais leves, Zapata foi julgado separadamente do grupo principal. Pedreiro e encanador, pegou três anos de prisão por desacato, desordem pública e desobediência. A pena chegou depois a 36 anos, impulsada por sua suposta rebeldia no cárcere.
"Conhecia ele aqui de Banes [cidade da família], mas ele começou a fazer atividade política em Havana. Foi preso quando aderiu a uma greve de fome das "Damas de Branco" [grupo de mulheres de prisioneiros políticos]", disse Marta Rondón Díaz, 46, uma das opositoras que estiveram no enterro.
Díaz não sabia dizer porque ele decidiu manifestar-se contra o regime. "Ele era trabalhador. Ajudava a família."
Ele passou por várias prisões desde sua detenção, em 2003. Segundo sites dissidentes, promoveu várias greves de fome desde então e foi torturado, sendo operado em março de 2009 em razão de um hematoma na cabeça.
Sites pró-governo contam outra história. Dizem que Zapata somava desde 1990 processos por crimes comuns, como estelionato. Afirmam ainda que ele agredia carcereiros e se recusava a receber ajuda médica na última greve de fome. Outra acusação é que sua família receberia financiamento de dissidentes baseados nos EUA.


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