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Dissidente era pedreiro e encanador
DA REDAÇÃO
Orlando Zapata foi preso em 2003, dentro da
"primavera negra", que levou à cadeia 75 opositores
acusados de conspiração
contra o regime cubano.
Por responder a acusações mais leves, Zapata foi
julgado separadamente do
grupo principal. Pedreiro
e encanador, pegou três
anos de prisão por desacato, desordem pública e desobediência. A pena chegou depois a 36 anos, impulsada por sua suposta
rebeldia no cárcere.
"Conhecia ele aqui de
Banes [cidade da família],
mas ele começou a fazer
atividade política em Havana. Foi preso quando
aderiu a uma greve de fome das "Damas de Branco"
[grupo de mulheres de prisioneiros políticos]", disse
Marta Rondón Díaz, 46,
uma das opositoras que
estiveram no enterro.
Díaz não sabia dizer
porque ele decidiu manifestar-se contra o regime.
"Ele era trabalhador. Ajudava a família."
Ele passou por várias
prisões desde sua detenção, em 2003. Segundo sites dissidentes, promoveu
várias greves de fome desde então e foi torturado,
sendo operado em março
de 2009 em razão de um
hematoma na cabeça.
Sites pró-governo contam outra história. Dizem
que Zapata somava desde
1990 processos por crimes
comuns, como estelionato. Afirmam ainda que ele
agredia carcereiros e se recusava a receber ajuda médica na última greve de fome. Outra acusação é que
sua família receberia financiamento de dissidentes baseados nos EUA.
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