São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

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FOCO

Néstor Kirchner ganha "casa" quatro meses após sua morte

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES

Após botar o nome do ex-marido em uma dezena de ruas, avenidas, praças, escolas e até no campeonato nacional de futebol, a presidente Cristina Kirchner inaugurou ontem a Casa Pátria Grande Néstor Kirchner.
O local será um centro para a preservação do legado do ex-presidente e de estudos latino-americanos, voltado, segundo a palavra da própria Cristina, para a preservação da "memória, justiça e liberdade".
O evento marcou o aniversário do ex-presidente argentino, que completaria ontem, se vivo fosse, 61 anos.
O prédio, uma antiga instalação das Forças Armadas, foi usado na última ditadura (1976-83) como local de julgamentos. O plano, antes da morte de Néstor, era que fosse usado como sede da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) na Argentina.
Talvez tenha sido a aparição pública de Cristina, desde a morte do marido, em outubro do ano passado, em que ela mais se emocionou. Chegou a interromper o discurso duas vezes.
"O carinho de vocês e dos meus filhos é o que me faz seguir adiante", disse a presidente, enquanto a claque que sempre a acompanha cantava seu nome.
Também participaram da inauguração os presidentes Fernando Lugo (Paraguai) e José Mujica (Uruguai). Representou o Brasil o assessor de política externa da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Além da presidente da Argentina, Lugo e Mujica também discursaram. Ambos citaram o esforço de Néstor Kirchner para a integração da América do Sul.
Anteontem, ao lançar um programa, Cristina apareceu com um vestido preto (como ela vem usando há quatro meses) decorado com chamativas riscas brancas. O detalhe chamou a atenção da imprensa, que muito especulou se a presidente iria terminar o período de luto.
Ontem, para não lançar dúvida de que está enlutada, o único objeto que destoava do preto era um colar branco.


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