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IRAQUE OCUPADO
Americanos fariam patrulhas com iraquianos, segundo fontes militares; ONU pede "cuidado" a Washington
EUA pretendem entrar em Fallujah e Najaf
DA REDAÇÃO
Soldados norte-americanos
irão realizar patrulhas conjuntas
com as forças de segurança iraquianas em Fallujah, onde quatro
civis americanos foram mortos e
mutilados recentemente, segundo fontes militares dos EUA.
Já o general norte-americano
Mark Hertling informou que é
provável que as tropas se desloquem para algumas partes de Najaf (sul), mas mantendo-se distantes dos sítio sagrados. É uma
tentativa de controlar as milícias
do clérigo radical xiita Moqtada al
Sadr e, ao mesmo tempo, não melindrar a maioria xiita do Iraque,
que se opõe a qualquer presença
americana nos locais sagrados.
Al Sadr está sitiado em Najaf depois de liderar um levante contra
os EUA neste mês. O clérigo, que
aceitou negociar, se recusa a desmontar sua milícia. O Irã, que vinha mediando as negociações, retirou sua delegação após ter um
diplomata assassinado em Bagdá.
O general Hertling não disse
quando as tropas irão para Najaf,
mas um ex-general afirmou que o
deslocamento não é para já. Segundo militares americanos, "a
situação em Najaf é potencialmente explosiva". Um porta-voz
da coalizão liderada pelos EUA
afirmou que armas estão sendo
armazenadas em mesquitas e escolas de Najaf e que essa prática
tem de parar.
As medidas sobre Fallujah e Najaf foram anunciadas um dia depois de o presidente George W.
Bush ter se reunido com seus líderes militares para discutir a situação no Iraque. As medidas aparentam ter sido tomadas com a
intenção de aumentar o controle
sobre as cidades, mas de modo a
evitar o recrudescimento dos atos
de violência que irromperam no
início de abril, quando as forças
dos EUA se deslocaram simultaneamente em duas frentes.
Lakhdar Brahimi, enviado da
ONU que está ajudando a formar
o governo iraquiano interino, pediu ontem ao presidente Bush que
"caminhe com cuidado" em Fal-lujah e evite irritar uma população já furiosa. De acordo com o
jornal "The New York Times", o
cessar-fogo na cidade foi prolongado por mais dois dias.
Em relação a Najaf, Brahimi
previu um desastre caso as forças
americanas tentem desalojar Al
Sadr. "Trata-se de uma cidade
com muita história. Enviar os tanques a um lugar como esse não é a
coisa certa a fazer, e acho que os
EUA sabem disso muito bem."
Ontem, três foguetes atingiram
um hospital, um hotel e uma garagem da polícia em Mossul (390
km ao norte de Bagdá), matando
dois funcionários do hotel e dois
do hospital, além de ferir 13 pessoas. Na mesma cidade, ao menos
quatro iraquianos morreram em
outros ataques com foguetes.
Mais tarde, soldados americanos mataram um dos ocupantes
de um carro de onde haviam saído disparos contra uma patrulha.
Soldados espanhóis mataram
ontem pelo menos dois homens
em Diwaniya (180 km ao sul de
Bagdá), em revide a um ataque
com granadas contra um veículo
espanhol que estava realizando
patrulha. A Espanha anunciou
que irá retirar seu contingente de
1.400 soldados estacionados no
Iraque até o fim de maio.
Em Bagdá, uma bomba matou
um soldado americano. Em Basra, o maior terminal de petróleo
iraquiano permanece fechado
após o ataque suicida de anteontem, que matou três marinheiros
americanos (o terceiro morreu
ontem) e feriu pelo menos quatro.
Com agências internacionais
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