|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EPIDEMIA
Autoridades canadenses estão investigando 26 possíveis casos da doença, que pode ter causado mais duas mortes no país
Toronto se prepara para nova onda de Sars
DA REDAÇÃO
Autoridades de saúde de Toronto confirmaram, ontem, oito
novos prováveis casos de Sars
(síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês). Diante dessa suspeita, a cidade canadense já
se prepara para um segundo surto
da doença.
Colin d'Cunha, chefe médico do
escritório de saúde da Província
de Ontário, disse que dois dos oito
pacientes morreram. Outra pessoa, cuja doença foi diagnosticada
semanas atrás, morreu ontem, o
que aumenta o número de mortos na cidade para 27.
Os oito prováveis infectados são
parte de um grupo de 34 casos
que vieram à tona na quinta-feira.
D'Cunha disse que 26 desses casos foram considerados suspeitos
e continuam sob investigação.
O Canadá é o único país fora da
Ásia onde há surto epidêmico da
Sars. A doença já matou mais de
700 pessoas em todo o mundo
desde que surgiu, na China, em
novembro do ano passado.
Como Toronto não registrava
nenhum novo caso desde 19 de
abril, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) havia retirado a cidade da lista de zonas afetadas pela doença.
A OMS também havia suspendido o alerta contra viagens para
Toronto, lançado em 23 de abril, e
que provocou intensa reação por
parte das autoridades da cidade,
um dos centros econômicos do
Canadá.
Nas últimas semanas, o número
de casos prováveis da Sars no Canadá caiu significativamente, depois de ter atingido um pico de
mais de 140. Os funcionários do
departamento de saúde pública
tinham esperança de que a doença estivesse sob controle.
Isso fez com que os hospitais da
cidade afrouxassem algumas das
medidas preventivas contra a
doença, como o uso de luvas e de
túnicas e a restrição de visitas.
Apesar das suspeitas, D'Cunha
disse que a doença continua restrita a hospitais e não está presente na comunidade em geral. "Ainda não vemos nenhuma evidência
de transmissão na comunidade",
disse ele.
Duas das três novas vítimas da
Sars eram idosas -um homem
de 96 anos e uma mulher de 90
anos-, explicou D'Cunha. A terceira vítima é um homem de 62
anos.
O microbiologista Donald Low
disse que as autoridades ainda
não foram capazes de descobrir
como o homem de 96 anos contraiu Sars. Ele era paciente do
Hospital Geral North York, onde
pode ter infectado funcionários,
outros pacientes e membros de
sua família.
Uma paciente transferida do
North York para o Hospital de
Reabilitação St. John é considerada a "fonte" de outros quatro casos sob investigação. Um terceiro
hospital, o St. Michael's, manterá
fechada sua unidade de neurocirurgia até 2 de junho depois de ser
informado de que um potencial
novo paciente de Sars foi tratado
lá recentemente. Mais de 50 funcionários desse hospital foram colocados em quarentena.
Ásia
Ontem, 12 pessoas com Sars
morreram em Taiwan. No sábado, foram registrados 22 novos
casos da doença no país, elevando
o número total de infectados desde o início do surto para 570. Dessas pessoas, 72 morreram.
Mesmo com esses números, Lee
Ming-liang, coordenador do comitê de controle da Sars em Taiwan, continua afirmando que "a
doença está sendo gradualmente
colocada sob controle".
A Sars já matou pelo menos 708
pessoas e infectou mais de 8.100
em todo o mundo, principalmente na Ásia. Ontem, ocorreram
mais quatro mortes em Hong
Kong e sete na China, país que registra o maior surto da doença,
com mais de 5.000 infectados.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Lula elogia Venezuela por acordo com oposição Próximo Texto: Artigo: Epidemia e censura: perigosa combinação Índice
|