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Bush e Blair evitam dar prazo a Iraque
Líderes se reúnem para discutir situação no país; tropas podem permanecer até 2010, dizem britânicos
DA REDAÇÃO
O presidente americano,
George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair,
encontraram-se ontem em
Washington. Em entrevista coletiva, Bush afirmou que "nós
manteremos no Iraque as forças necessárias para vencer" e
acusou o retorno das tropas como "especulação na imprensa".
"Apesar dos erros e tropeços,
acredito que fizemos e estamos
fazendo a coisa certa", disse.
Os dois governantes têm visto sua aprovação cair e estão
sob pressão para retirar parte
dos soldados. Antes de viajar
aos EUA, Blair esteve nesta semana em Bagdá, onde disse que
os americanos e britânicos já
podem começar a transferir aos
iraquianos o controle da segurança em algumas províncias.
O premiê britânico também
trouxe a Bush uma proposta
iraquiana de uma conferência
internacional para apoiar o novo governo e quer do colega
americano apoio para mais
presença da ONU no Iraque.
O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, afirmou
que as tropas do país são capazes de assumir a segurança de
todas as províncias num prazo
de 18 meses, mas que, para isso,
são necessários mais homens,
equipamentos e treinamento.
Segundo informantes britânicos citados pela Associated
Press, o prazo final de retirada é
2010, mas não há acordo fechado com os EUA a ser anunciado
por enquanto.
O premiê iraquiano disse
ainda que pode nomear até o final de semana seus ministros
da Defesa e do Interior, o que
sinalizaria a prioridade à segurança no médio prazo.
Apesar disso, ele admite que
ainda há muitos candidatos.
"Temos vários nomes e vamos
nos encontrar na sexta [amanhã] para decidir", disse.
Simultaneamente às negociações, o Iraque teve um dia
calmo para seus padrões atuais,
com 13 mortes. Entre elas, estão as de três supostos insurgentes, mortos por forças americanas a oeste de Bagdá.
Um outro fato importante foi
o anúncio pelo comandante dos
Marines americanos, general
Michael Hagee, que viajaria ao
Iraque por estar preocupado
que alguns de seus homens poderiam ter ficado "indiferentes
à perda de vidas humanas". Sua
suspeita se baseia em duas acusações de mortes de civis.
Com agências internacionais
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