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Governo impõe agenda na reta final
DO ENVIADO A LA MATANZA
Com um anúncio de TV
em que associa seus principais rivais na eleição às
privatizações na Presidência de Carlos Menem
(1989-1999), o governo
Cristina Kirchner conseguiu impor a agenda da última semana de campanha
legislativa na Argentina e
causar um curto-circuito
na oposição.
A publicidade associa os
líderes da Unión-PRO,
frente de centro-direita de
dissidentes do governo e
do partido do prefeito de
Buenos Aires, Maurício
Macri, ao "pior passado".
Exibe entrevistas de
Macri dizendo que reprivatizaria a Aerolíneas Argentinas e a parte da Previdência estatizada por
Cristina, e de Francisco De
Narváez, que encabeça a
chapa da frente na Província de Buenos Aires, justificando sua defesa, em
2003, da eleição de Menem para um terceiro
mandato não consecutivo
(o ex-presidente, que após
deixar o cargo foi se tornando cada vez mais impopular entre o eleitorado
argentino, acabou derrotado por Néstor Kirchner
naquele pleito).
As declarações de Macri
caíram como uma luva para Kirchner, que classifica
a eleição como disputa entre "modelos de país" e associa os rivais à "direita
neoliberal".
Para tentar equilibrar as
declarações do parceiro
político, De Narváez saiu
em defesa da estatização
de empresas de serviços
públicos -citou a petroleira YPF como exemplo.
Houve ruído na coalizão, e
Gabriela Michetti, ex-vice-prefeita de Macri e candidata a deputada federal,
afirmou que o "melhor
modelo" é o controle estatal e a operação privada.
Até Cristina aproveitou
a deixa e afirmou, durante
uma inauguração anteontem, que "não se pode mudar de branco a preto em
sete dias, e menos ainda
em temas estratégicos da
economia".
(TG)
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