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Evo Morales acusa órgão dos EUA de conspiração
Boliviano garante "não tremer" contra a Usaid
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente da Bolívia,
Evo Morales, disse ontem
que "não tremerá a mão" para expulsar a Usaid -agência
dos EUA de ajuda internacional-, que acusou de "conspirar" contra o seu governo.
"Que não venham conspirar contra as democracias e
contra a nossa soberania",
afirmou o mandatário boliviano na inauguração da Cúpula da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), na
cidade de Otavalo, Equador.
Morales exortou ainda o
presidente dos EUA, Barack
Obama, e sua secretária de
Estado, Hillary Clinton -que
foi recebida no país recentemente pelo anfitrião da reunião, Rafael Correa-, a frear
"o novo tipo de manobras".
La Paz acusa os EUA de
utilizar sua agência de cooperação internacional para
beneficiar aliados políticos
locais. Segundo o governo,
70% dos cerca de US$ 100
milhões anuais destinados à
Bolívia têm essa finalidade.
A rusga entre o governo
Morales e Washington remete ao menos a 2008, quando
o líder boliviano expulsou do
país o embaixador americano acusando-o de apoiar um
golpe de Estado durante crise
política que se desenrolava.
À época, Morales expulsou também agentes de DEA
(agência antidrogas do país).
No ano passado, o governo
da Bolívia atribuiu à Usaid o
incitamento de protestos realizados por opositores, inclusive movimentos indígenas.
Em La Paz, o vice de Morales, Álvaro García Linera, disse que a contínua ingerência
dos EUA dificulta a retomada
plena das relações bilaterais.
"Enquanto o chanceler
dialoga numa mesa, por baixo dela a Usaid age de maneira abusiva. É isso que estamos dizendo: Parem!", disse.
As acusações sucedem em
quatro meses a visita do subsecretário de Estado para a
América Latina, Arturo Valenzuela, ao país para discutir a volta de relações plenas.
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