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APÓS A GUERRA
Hamas troca foguetes por relações públicas
DO "NEW YORK TIMES", EM GAZA
Seis meses depois da feroz campanha militar de
três semanas que Israel
lançou contra a faixa de
Gaza para acabar com o
disparo de foguetes, o Hamas -que controla o território- suspendeu o uso
dos projéteis e transferiu
ênfase à busca de apoio local e no exterior por meio
de iniciativas culturais e
relações públicas.
A meta é construir a
chamada "cultura da resistência". Nos últimos dias
foi encenada uma peça,
um filme estreou, uma exposição de arte foi promovida, um livro de poemas
foi publicado e um seriado
de TV foi ao ar. Quase tudo
teve patrocínio estatal, e,
como tema, a difícil situação dos palestinos em Gaza. "A resistência armada
ainda é importante e legítima, mas a nova ênfase é
sobre a resistência cultural", disse Ayman Taha,
um dos líderes do Hamas.
A decisão de suspender
o uso dos foguetes Qassam, de curto alcance, que
foram disparados contra
Israel por anos, às vezes
dezenas por dia, foi em
parte fruto da pressão popular. Cada vez mais, moradores de Gaza questionam o valor dos foguetes.
Não está claro por quanto tempo o grupo radical
islâmico manterá a suspensão. Mas a mudança de
política é evidente. Em junho, segundo as forças israelenses, foram disparados só dois foguetes desde
a faixa de Gaza, uma das
contagens mensais mais
baixas desde que os disparos começaram, em 2002.
Como Israel também
acredita que precisa melhorar suas relações públicas e a mensagem que
transmite, o foco sobre a
cultura cria uma intrigante batalha: agora, pela opinião pública.
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