DE NOVA YORK

Sim, Rudolph Giuliani, 57, 107º prefeito de Nova York e segundo republicano na história da cidade a ser reeleito, vai ser sempre lembrado por sua política de "tolerância zero". Com a iniciativa, baixou em 44% a criminalidade e em 61% os assassinatos, levando Nova York a ser a grande cidade mais segura dos EUA.
O método consiste em punir exemplarmente todos os crimes, dos menores (como jogar papel na rua) aos mais graves, criando assim uma sensação de autoridade e segurança. Para tanto, demitiu policiais corruptos, renovou o comando da força e aumentou os salários em todos os níveis.
O problema é que, nos dois últimos anos, a mesma polícia que mudou a cara da cidade e ajudou a reeleger Giuliani em 1997 passou a ser vista pela população como violenta e preconceituosa, especialmente em relação a negros e latinos.
Além disso, o prefeito perdeu vários pontos ao lidar publicamente com seu divórcio da atriz Donna Hanover. Para listar apenas três fatos recentes: 1. anunciou na TV que estava se separando, uma surpresa até para sua mulher; 2. chamou a ex-companheira de "porca" nos jornais; 3. foi expulso por ela da Gracie Mansion, a residência oficial, e hoje mora de favor com amigos.
Os altos índices de popularidade com que conta hoje o prefeito não durariam mais um ano, e Giuliani sabe disso. Tanto que se retirou da disputa do Senado pelo Estado de Nova York no ano passado (Hillary Clinton acabou vencendo) e disse que vai abandonar a política e cuidar da saúde a partir do ano que vem.
Na mesma entrevista coletiva em que anunciou o divórcio, Giuliani disse que estava com câncer na próstata. (SD)



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