São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2008

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GUERRA SEM FIM

Afeganistão diz que revisará atuação da Otan

DA REDAÇÃO

O governo afegão anunciou ontem que revisará a presença de forças estrangeiras no país, em reação a bombardeios da coalizão liderada pelos EUA que levaram à morte de civis. A presença de 70 mil soldados da Otan, a aliança militar ocidental, é prevista por mandato do Conselho de Segurança da ONU, renovado anualmente desde a invasão do país, em 2001, para derrubar o governo do Taleban.
Uma comissão do governo afegão afirma que pelo menos 90 civis foram mortos em bombardeio da Otan no oeste do país, na última sexta. A aliança diz que os mortos foram 30 insurgentes do Taleban.
"A presença da comunidade internacional no Afeganistão deve ser revisada por meio de um acordo mútuo", disse um comunicado do presidente Hamid Karzai. "A autoridade e a responsabilidade das forças internacionais devem ser reguladas por um acordo coerente com as leis afegãs e internacionais."
O controle de Karzai sobre o território afegão não vai muito além da capital, Cabul. O restante do país está sob controle de chefes tribais e do Taleban. Mas seu governo está sob pressão devido às vítimas civis das operações da Otan contra o grupo fundamentalista -segundo a comissão afegã dos direitos humanos, independente, foram pelo menos 900 civis mortos neste ano.


Com agências internacionais


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