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Irã retoma julgamento de líderes reformistas
Esquerdista surpreende e confessa "ações incorretas"
DA ASSOCIATED PRESS
A Promotoria iraniana retomou ontem o julgamento dos
envolvidos nos protestos contra a reeleição do presidente
conservador Mahmoud Ahmadinejad, em junho, e pediu "punição máxima" para um dos
mais proeminentes líderes reformistas do país.
Saeed Hajjarian, ex-dirigente
do serviço secreto e ligado ao
ex-presidente Mohamad Khatami (1997-2005), não está sujeito à pena de morte. Mas ele
poderá pegar cinco anos de prisão e levar 74 chibatadas por
causar desordem, desviar do islã e ajudar espiões estrangeiros,
entre outros supostos crimes.
Num gesto surpreendente
para quem é considerado um
herói esquerdista, Hajjarian
admitiu no tribunal ter fomentado manifestações contra o
governo e pediu perdão pelos
"graves erros de avaliação que
resultaram em ações incorretas
contra a nação iraniana".
A confissão foi lida por um
advogado, já que Hajjarian, 55,
tem dificuldade para falar desde que foi atingido por um disparo na cabeça em 2000, numa
tentativa de assassinato atribuída a ultrarradicais.
Assessores disseram que o
texto é inválido por ter sido redigido sob pressão.
Hajjarian está entre os mais
de cem iranianos presos por
contestar a eleição. A sessão de
ontem foi a quarta para julgar
participantes dos protestos,
que deixaram 20 mortos.
Entre os detidos há políticos,
jornalistas e intelectuais conhecidos. Sentenças ainda não
foram pronunciadas.
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