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Versão oficial sobre empresa
é refutada
DE BUENOS AIRES
Após a presidente argentina, Cristina Kirchner,
denunciar publicamente
os jornais "Clarín" e "La
Nación" por crimes contra
a humanidade cometidos
na década de 70, duas supostas vítimas desmentiram a versão do governo.
Anteontem, Cristina
apresentou um relatório
que acusa os jornais de terem comprado ações da
empresa Papel Prensa,
que produz papel-jornal,
com a cumplicidade do regime militar (1976-1983).
Ameaçados pelos militares, a família Graiver, então dona das ações, teria
sido obrigada a vendê-las.
A única testemunha que
confirma a versão do governo é a matriarca da família, Lidia Papaleo.
Em carta publicada ontem nos dois jornais, Isidoro Graiver, cunhado de Lidia, disse ter sido o representante legal da família
na negociação, ocorrida
cinco meses antes da perseguição pelo regime.
"Realizamos as vendas
nas melhores condições
que pudemos obter, sem
ameaças nem extorsões, e
em liberdade", afirmou.
A filha de Lidia, que tinha dois anos na época,
disse não ter "nada a reclamar" em termos "patrimoniais" ou "morais".
(GH)
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