São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Versão oficial sobre empresa é refutada

DE BUENOS AIRES

Após a presidente argentina, Cristina Kirchner, denunciar publicamente os jornais "Clarín" e "La Nación" por crimes contra a humanidade cometidos na década de 70, duas supostas vítimas desmentiram a versão do governo.
Anteontem, Cristina apresentou um relatório que acusa os jornais de terem comprado ações da empresa Papel Prensa, que produz papel-jornal, com a cumplicidade do regime militar (1976-1983).
Ameaçados pelos militares, a família Graiver, então dona das ações, teria sido obrigada a vendê-las.
A única testemunha que confirma a versão do governo é a matriarca da família, Lidia Papaleo.
Em carta publicada ontem nos dois jornais, Isidoro Graiver, cunhado de Lidia, disse ter sido o representante legal da família na negociação, ocorrida cinco meses antes da perseguição pelo regime.
"Realizamos as vendas nas melhores condições que pudemos obter, sem ameaças nem extorsões, e em liberdade", afirmou.
A filha de Lidia, que tinha dois anos na época, disse não ter "nada a reclamar" em termos "patrimoniais" ou "morais". (GH)


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