São Paulo, sábado, 26 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

É o 2º caso de acidente com materiais tóxicos em duas semanas; governo manda equipe para investigar o problema

Explosão em usina na China pode gerar novo vazamento

DA REDAÇÃO

Uma nova explosão, desta vez numa usina em Chongqing, no sudoeste da China, provocou a retirada de 6.000 pessoas por temores de um novo vazamento de benzeno. A explosão, que matou uma pessoa e feriu três, ocorreu na quinta-feira, mas foi noticiada apenas ontem.
Funcionários de proteção ambiental foram de casa em casa dizer à população que não usasse a água de um rio local, segundo o jornal "Southern Metropolis Daily". Duas escolas suspenderam as aulas.
O novo incidente ocorreu quase duas semanas depois que uma explosão em uma usina petroquímica à beira do rio Songhua liberou cem toneladas de benzeno e subprodutos do material na água que abastece a cidade de Harbin.
A água contaminada, que se estende por um trecho de 80 km de correnteza, deve alcançar dentro de duas semanas o rio Heilongjiang, que, na Rússia, recebe o nome de Amur, próximo à cidade russa de Khabarovsk.
O governo chinês enviou uma equipe para investigar o vazamento. "A presença de funcionários disciplinares na equipe indica que uma punição por atos irresponsáveis está a caminho", disse a agência oficial de notícias Xinhua.
A empresa Jilin Petrochemical Co., uma subsidiária da estatal China National Petroleum Corp., negara ter responsabilidade pelo acidente. Ontem, porém, a direção da China National pediu desculpas aos moradores de Harbin.
Eles estão sem água há três dias, e segundo autoridades locais, essa situação deve se prolongar até a próxima segunda-feira.

Suspensão
A Embraer suspendeu, por tempo indeterminado, as atividades na fábrica de aviões que possui em Harbin, a Harbin Embraer Aircraft Industry.
Em um comunicado feito no final da noite de anteontem, a empresa informa que a suspensão é provisória e que "as providências relativas ao incidente se dão no ambiente da comunidade e da indústria em absoluta tranqüilidade". Informou ainda que está acompanhando "com atenção a evolução dos acontecimentos".


Colaborou Fábio Amato, da Agência Folha; com agências internacionais

Texto Anterior: Síria permitirá interrogatório de suspeitos
Próximo Texto: África: Novos líderes criam "democracia à africana"
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.