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Manifestantes tomam aeroporto de Bancoc e exigem renúncia do governo
Aliança direitista ocupa palácio do governo tailandês há 3 meses e cerca sede provisória
DA REDAÇÃO
Opositores tailandeses tomaram ontem o aeroporto internacional de Bancoc, pelo
qual viajam diariamente 125
mil pessoas. Militantes da APD
(Aliança do Povo pela Democracia), conservadora, ultrapassaram bloqueio policial e invadiram o terminal de Suvarnabhumi, causando pânico e
cancelamento de vôos. Aterrissagens foram desviadas para
Chiang Mai e Phuket.
A APD tentou tomar também
o aeroporto de Don Muang, a
30 km de Bancoc, que passou a
abrigar os gabinetes oficiais
após a invasão do palácio do governo, em agosto. Houve conflito com simpatizantes do governo e pelo menos 11 pessoas
ficaram feridas. Imagens exibidas pela TV tailandesa mostram membros da APD reagindo com tiros a pedradas dos governistas.
O cerco ameaça a indústria
do turismo, vital para o país.
Autodeclarada guardiã da monarquia, a APD diz que manterá
a ocupação até a renúncia do
governo. A aliança, que reúne a
elite urbana, exige também
mudanças no atual sistema político, com indicação da maioria dos membros do Parlamento por entidades de classe.
O premiê Somchai Wongsawat reiterou ontem que não renunciará. Somchai, que estava
no Peru para cúpula do Fórum
de Cooperação Econômica
Ásia-Pacífico (Apec), deve retornar hoje ao país.
A APD tenta provocar uma
nova intervenção contra o PPP
(Partido do Poder Popular), do
ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 por um
golpe militar -o 18º em 76 anos
de monarquia constitucional.
O general Anupong Paochinda,
comandante do Exército, afirmou ontem que um golpe não
solucionaria a crise.
Os protestos, inicialmente
voltados ao premiê Samak Sundaravej, próximo a Thaksin,
não arrefeceram após sua queda, em setembro. Seu sucessor
eleito pelo Parlamento, Somchai, é cunhado de Thaksin.
Com agências internacionais
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