DA REDAÇÃO

O grupo terrorista Hamas divulgou na internet fotografias de Reem al Reyashi, 22, a suicida palestina que matou quatro israelenses em atentado terrorista no dia 14. Em uma das imagens, ela aparece segurando um fuzil em uma mão e seu filho de três anos na outra.
Ambos vestem a faixa símbolo do grupo na cabeça. O menino aparentemente segura uma bomba. Uma filha de 18 meses de Reyashi está em outra foto.
Reyashi foi a primeira mulher a cometer um atentado em nome do Hamas. Integrantes mulheres de outros grupos terroristas já haviam realizado atos suicidas. Porém nenhuma delas era mãe.
O atentado provocou um debate na sociedade palestina. Não sobre a ação suicida, mas sobre a escolha da pessoa a ser designada para realizá-la.
Hani Almasri, colunista do diário palestino "Al Ayyam, disse que as imagens prejudicam a causa palestina e que o Hamas foi longe demais com a mãe-bomba.
O Hamas, por sua vez, defendeu a publicação das fotos. "Essas fotos demonstram a que ponto chegou a ira dos palestinos", afirmou o xeque Saed Seyam, um dos líderes do Hamas.

Trégua
Israel classificou como ridícula a proposta feita anteontem por Abdel Aziz Rantissi, um dos principais líderes do Hamas, que sugeriu uma trégua de dez anos em troca da retirada israelense das áreas palestinas e a criação de um Estado.
"É ridículo uma organização terrorista impor condições para um cessar-fogo", afirmou Avi Pazner, porta-voz do governo israelense, em reposta à proposta de Rantissi.