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Grupo pratica terrorismo e assistencialismo
DA REDAÇÃO
O Hamas -acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica, o
nome da organização, em árabe- é um braço palestino do grupo islâmico egípcio Irmandade
Muçulmana que se originou em
1987, na primeira Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense).
Classificado de grupo terrorista
por Israel, Estados Unidos, Canadá e União Européia, o Hamas
tem o apoio de milhares de simpatizantes e um número desconhecido de militantes.
A causa do Hamas é a expulsão
dos israelenses dos territórios palestinos e a fundação no local de
um Estado islâmico. Sua carta de
fundação, que data de 1988, deixa
claro no preâmbulo, ainda antes
da introdução do texto, que um
de seus objetivos é também a eliminação do Estado de Israel.
O mesmo texto fundamenta,
com uma teologia particular, as
metas do grupo na vontade de
Alá: "Nós educamos no caminho
de Alá e fazemos nossa firme determinação prevalecer para desempenhar o papel apropriado na
vida, superar todas as dificuldades e atravessar todas as barreiras.
Daí nosso permanente estado de
prontidão e disposição para sacrificar nossas almas (..) no caminho
de Alá".
Em virtude de sua disposição de
eliminar o Estado de Israel, o Hamas foi contra os acordos de paz
negociados em Oslo, na Noruega,
que estabeleciam a devolução dos
territórios palestinos ocupados
por Israel em troca de garantias
da segurança do Estado israelense
por parte dos palestinos.
Terror
Maior organização militante
muçulmana, o Hamas adotou a
tática de atacar alvos militares e
civis israelenses, em ações terroristas. Em fevereiro e março de
1996, por exemplo, o grupo levou
a cabo vários atentados suicidas,
matando cerca de 60 israelenses,
em resposta ao assassinato, em
março de 1995, de um de seus
membros, Yahya Ayyash, cujo
ofício era a fabricação de bombas.
À violência do Hamas Israel respondeu com o assassinato de alguns de seus líderes -política denominada de "assassinatos seletivos". Um dos membros do Hamas morto por forças israelenses
foi o xeque Ahmed Yassin, um
dos fundadores do grupo. Yassin
morreu ao ser alvejado por um
míssil, em março de 2004. Seis
meses antes, ele havia sido vítima
de uma outra tentativa de assassinato.
Após a morte de Yassin, subiu
ao poder no grupo terrorista Abdel Aziz al Rantissi, que também
foi morto, em abril do mesmo
ano. O principal líder atual do Hamas é Khaled Meshaal, que vive
exilado em Damasco, na Síria.
Apesar do histórico de violência, o Hamas vem observando
uma trégua com Israel e não lança
um ataque suicida desde agosto
de 2004. Não obstante se recusa a
desarmar seus militantes.
Além de suas operações terroristas, o Hamas tem também uma
faceta assistencialista, encarregando-se da execução de programas sociais em benefício da população palestina que vive na faixa de Gaza e na Cisjordânia, como
a construção de escolas e hospitais.
Como é um grupo terrorista, o
Hamas tem seus bens bloqueados. Para financiar seus programas, ele recebe fundos do exterior
-do Irã, de palestinos expatriados e de doadores em Estados
árabes- por meio de transferência para instituições beneficentes
que atuam em Gaza e na Cisjordânia e que são controladas pelo
grupo. Fundos para o Hamas são
levantados por simpatizantes
também nos EUA e na Europa
ocidental.
Embora não se possa mensurar
a militância e os simpatizantes do
Hamas, cerca de 40 mil pessoas se
reuniram em Gaza, em dezembro
de 2002, para celebrar o 15º aniversário do grupo. Na ocasião, o
xeque Ahmed Yassin, ainda vivo,
disse que Israel seria destruído até
o ano de 2025.
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