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UE se dispõe a ajudar EUA pelo fim de Guantánamo
DA REDAÇÃO
A União Europeia (UE) acenou ontem com a possibilidade
de "ajudar os EUA", recebendo
ex-detentos de Guantánamo
em seu território. Ainda que
não tenham sido revelados detalhes da ideia e a despeito de
alguns países-membros do grupo serem contrários ao recebimento dos ex-prisioneiros, foi a
primeira vez que o bloco se posicionou neste sentido.
"É um problema americano e
eles têm que resolvê-lo, mas estamos dispostos a ajudar, se necessário. Creio que a resposta
da UE seria "sim'", declarou o
espanhol Javier Solana, principal autoridade em política externa do bloco, ao ser indagado
se a UE aceitaria abrigar ex-prisioneiros da instituição.
Na última quarta-feira, um
dia após tomar posse, o presidente dos EUA, Barack Obama,
assinou ordem para fechar em
um ano a prisão, criada numa
base militar americana em Cuba pelo governo de George W.
Bush para deter -à margem
das leis internacionais e da dos
EUA- presos na "guerra ao terror". Mas o destino dos cerca de
250 detentos é um entrave.
Ontem, em Bruxelas, os 27
chanceleres dos integrantes da
UE iniciaram dois dias de debates acerca das opções do bloco
quanto aos detentos. Além de
discutirem as condições para
receber os prisioneiros -como
garantias de que os prisioneiros
não oferecerão riscos à sua segurança- , eles decidiram que a
resposta europeia deve ser conjunta, ressalvado o direito de
cada país decidir se recebe ou
não detentos.
"A questão de se os Estados-membros poderiam aceitar antigos detentos é uma decisão
nacional, mas os ministros concordaram que o desejável é
uma resposta política comum",
disse o chanceler tcheco, Karel
Schwarzenberg, cujo país exerce a presidência rotativa da UE.
Numa mostra do quão polêmica é a questão, ele reconheceu que "ninguém estava muito
entusiasmado com a ideia" de
recepcionar em seus países ex-detentos de Guantánamo.
Antes mesmo do encontro,
alguns países da UE -Áustria,
Suécia, Dinamarca e Holanda-
externaram que não pretendiam receber egressos de
Guantánamo.
Por outro lado, o chanceler
português, Luis Amado, disse
ontem que "ao menos seis ou
sete países da UE estão dispostos a acolher presos de Guantánamo". Portugal é o único que
se predispôs oficialmente.
Com agências internacionais
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