São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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Republicanos rebatem Estado da União de Obama

Discurso focou na inovação; "somos a nação do Google e do Facebook"

Réplica dupla da direita indica acordo quanto a cortes de gastos, mas divergências sobre estratégias de ação

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama até tentou, com o discurso sobre o Estado da União anteontem, fazer concessões à oposição com propostas de cortes de gastos. Mas republicanos já deixaram claro que a oferta fracassou -e a Casa Branca pode esperar mais problemas pela frente.
Com poder renovado pelos próximos dois anos, controlando a Câmara dos EUA e com mais vagas no Senado, os republicanos rebateram a fala de Obama acusando-o de levar o país à bancarrota.
O Estado da União, talvez a mais importante fala do calendário político americano, foi um esboço estratégico do governo para evitar o declínio da hegemonia do país.
Obama quer aumentar a competitividade a todo custo, via educação, inovação e novas tecnologias. E mostrou otimismo com a capacidade de inovação do país. "Somos a nação do Google e do Facebook", afirmou.
Repercutiu fortemente sua analogia ao satélite russo Sputnik, que em 1957 deixou os EUA para trás e deu a largada à corrida espacial. "Esse é o momento Sputnik da nossa geração", disse.
O problema é que os meios para fazer isso esbarram em disputas ideológicas. O presidente falou sobre onde chegar, mas não como. "Os detalhes virão em breve, e serão divisivos", disse Matt Bai, do "New York Times".
Os republicanos fizeram réplica dupla, uma lembrança incômoda das divisões internas que deu impressão de desorganização. Mas em um ponto houve acordo -é preciso cortar muito mais.
A resposta oficial, a cargo do deputado Paul Ryan, líder da Comissão de Orçamento da Câmara, alertou que o país enfrenta um "fardo esmagador de dívida".
Em seguida, a deputada Michele Bachmann falou em nome de um grupo dos ultraconservadores do Tea Party, e com opiniões mais ácidas.
"Por dois anos, Obama fez promessas como essas, mas ainda temos alto desemprego, mercado imobiliário desvalorizado e custo da gasolina explodindo", disse Bachmann, sem mencionar que a crise começou no governo anterior, republicano.


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