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Afeganistão responsabiliza Paquistão por instabilidade
DA REDAÇÃO
Em meio a uma reunião patrocinada pelos EUA para coordenar a luta contra o terrorismo na Ásia Central, o chanceler
afegão disse ontem em Washington que o Paquistão é o
maior foco de tensão na região.
"A principal ameaça de instabilidade não é a Guerra do Iraque e não é o Afeganistão. É o
Paquistão", disse Rangeen
Dadfar Spanta durante encontro tripartite com o chanceler
paquistanês, Shah Mehmood
Qureshi, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
O serviço secreto do Paquistão, potência nuclear assolada
por uma grave crise econômica,
é acusado de dar abrigo e apoiar
membros do Taleban, milícia
fundamentalista islâmica que
retomou áreas inteiras do Afeganistão sete anos depois de ser
varrida do poder pelos EUA e
seus aliados da Otan.
O governo de Islamabad nega
as alegações e vem atribuindo o
fortalecimento de grupos extremistas em seu território como no vizinho Afeganistão ao
que considera a fracassada política da Casa Branca na região.
O chanceler Qureshi cobrou
anteontem dos EUA que passem para o controle do Exército paquistanês o monitoramento dos aviões não tripulados usados no combate ao Taleban. Islamabad avalia que os
repetidos ataques americanos,
responsáveis pela morte de dezenas de civis nos últimos meses no Paquistão, fortalecem
grupos radicais.
Spanta e Qureshi chegaram
aos EUA anteontem, atendendo a convite de Hillary para discutir a nova estratégia americana na região, onde o ressurgimento dos extremistas se soma
a antigas tensões geopolíticas
-principalmente entre Índia e
Paquistão. Cabul, Islamabad e
Washington decidiram manter
"encontros regulares".
A política do governo Obama
para a Ásia Central começou a
ser delineada na semana passada, com a ordem de enviar mais
17 mil soldados ao Afeganistão
até agosto -o que elevará a 87
mil o contingente estrangeiro
no país e fará dele o maior front
no combate ao terrorismo.
Com agências internacionais
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