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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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Coalizão bombardeia coluna em Basra

DA REDAÇÃO

Aviões britânicos e norte-americanos bombardearam ontem uma coluna formada por cerca de 120 veículos militares iraquianos, que se deslocavam de Basra em direção à península de Faw (ocupada pelos marines), ambas localizadas na região sul do Iraque.
De acordo com a BBC, o deslocamento poderia indicar uma tentativa por parte dos iraquianos de recuperar território perdido nos combates. Outra das hipóteses disseminada pelos britânicos era de uma possível retirada diante da possibilidade de um levante xiita contra as tropas de Saddam.
A coluna era composta, segundo a France Presse, por antigos tanques soviéticos T-55, veículos de transportes de tropa e de artilharia. Ao serem atacados, os blindados teriam se dispersado e seguido a uma área pantanosa. Segundo a agência, a coalizão teria enviado, então, aviões para tentar localizar um a um os veículos, mas os iraquianos, na fuga, teriam sido favorecidos pela neblina, que reduzia a visibilidade.
Fora o próprio comando militar do Reino Unido que anunciara anteontem "sinais" da suposta revolta na cidade de 1,2 milhão de habitantes, a maioria deles xiitas.
Dissidentes iraquianos xiitas fixados no Irã sustentaram que ocorreram distúrbios, mas não uma revolta. Mohsen Hakim, porta-voz do autodenominado Conselho Supremo para Revolução Islâmica no Iraque, disse que manifestações foram reprimidas por forças leais ao presidente.
O conselho convocou grupos de oposição iraquiana "a estarem preparados para se erguerem contra o regime ditatorial [de Saddam]". Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse acreditar que tenha ocorrido anteontem "limitada revolta".
Estimulados pelos americanos, os xiitas se rebelaram contra Saddam ao final da primeira guerra do Golfo, em 1991. O mesmo ocorria no norte, com os curdos. Ambos levantes foram sufocados de forma violenta por Bagdá.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou ter sido restabelecido fornecimento de água para cerca de 50% da população da cidade. Basra sofre pela falta de água desde o início da guerra.


Com agências internacionais


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