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McCain diz que ficar no Iraque é "dever moral" e defende entrada do Brasil no G8
DA REDAÇÃO
Num discurso em que disse
que a permanência das tropas
no Iraque é uma "responsabilidade moral" dos EUA, mas
marcou diferenças em relação a
George W. Bush com um aceno
ao multilateralismo, o senador
John McCain, virtual candidato republicano à Casa Branca,
defendeu que o Brasil e a Índia
ingressem no G8.
O chamado à inclusão dos
dois países envolveu um duro
questionamento das credenciais democráticas e do "perigoso revanchismo" da Rússia,
que compõe o G8 ao lado dos
sete países mais industrializados do Ocidente.
"Poderíamos começar propondo que o G8 se torne de novo um clube de democracias de
mercado: deveria incluir Brasil
e Índia, mas excluir a Rússia",
disse McCain ontem.
Sobre a China, disse que, enquanto não houver abertura
política no país, a relação com
os EUA será baseada em "interesses comuns e não em valores
comuns". O republicano enfatizou as alianças com democracias emergentes e disse que o
continente americano deve ser
um modelo das relações entre
os hemisférios norte e sul.
"Relações com nossos vizinhos do sul devem ser regidas
pelo respeito mútuo, não por
um impulso imperial ou por demagogia antiamericana."
Para marcar um distanciamento de Bush, McCain defendeu fechar a prisão de "Guantánamo e trabalhar com nossos aliados para forjar um novo entendimento internacional".
Voltou a se opor ao uso de tortura. O republicano atacou os
rivais democratas classificando
de "perigoso erro" propor uma
saída prematura do Iraque. A
despeito dos confrontos recentes entre milicianos xiitas e forças de segurança, defendeu a
estratégia do Pentágono -"a
reconciliação política, no nível
local e provincial".
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