São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

McCain diz que ficar no Iraque é "dever moral" e defende entrada do Brasil no G8

DA REDAÇÃO

Num discurso em que disse que a permanência das tropas no Iraque é uma "responsabilidade moral" dos EUA, mas marcou diferenças em relação a George W. Bush com um aceno ao multilateralismo, o senador John McCain, virtual candidato republicano à Casa Branca, defendeu que o Brasil e a Índia ingressem no G8.
O chamado à inclusão dos dois países envolveu um duro questionamento das credenciais democráticas e do "perigoso revanchismo" da Rússia, que compõe o G8 ao lado dos sete países mais industrializados do Ocidente.
"Poderíamos começar propondo que o G8 se torne de novo um clube de democracias de mercado: deveria incluir Brasil e Índia, mas excluir a Rússia", disse McCain ontem.
Sobre a China, disse que, enquanto não houver abertura política no país, a relação com os EUA será baseada em "interesses comuns e não em valores comuns". O republicano enfatizou as alianças com democracias emergentes e disse que o continente americano deve ser um modelo das relações entre os hemisférios norte e sul.
"Relações com nossos vizinhos do sul devem ser regidas pelo respeito mútuo, não por um impulso imperial ou por demagogia antiamericana."
Para marcar um distanciamento de Bush, McCain defendeu fechar a prisão de "Guantánamo e trabalhar com nossos aliados para forjar um novo entendimento internacional". Voltou a se opor ao uso de tortura. O republicano atacou os rivais democratas classificando de "perigoso erro" propor uma saída prematura do Iraque. A despeito dos confrontos recentes entre milicianos xiitas e forças de segurança, defendeu a estratégia do Pentágono -"a reconciliação política, no nível local e provincial".


Texto Anterior: Sucessão nos EUA / Ringue Democrata: Hillary mina candidatura de Obama
Próximo Texto: Americanas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.