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No Brasil, iraniano pede ação regional sobre crise afegã
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Irã justificou ontem a decisão de aceitar o convite dos
EUA para participar da conferência internacional sobre o
Afeganistão, no dia 31, na Holanda, sob o argumento de que
a situação no país da Ásia Central só pode ser resolvida por
meio de esforços internacionais coordenados.
"É preciso encontrar uma solução regional para a crise afegã. O objetivo do Irã é ajudar a
estabilidade, a paz e a tranquilidade necessárias ao progresso
da região", disse o chanceler
iraniano, Manouchehr Mottaki, em visita a Brasília ontem.
Não foi anunciado quem será
o representante iraniano no
encontro, que terá participação
da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e de diplomatas de mais 80 países, entres eles o Brasil. O Irã mantém
fortes vínculos com a minoria
xiita do vizinho Afeganistão e é
inimigo dos radicais sunitas do
Taleban, que comandam a insurgência anti-Otan.
Num sinal de reconhecimento da influência regional de
Teerã, o governo de Barack
Obama convidou o Irã a juntar-se às discussões sobre a situação afegã, rompendo com a política de isolamento do antecessor George W. Bush.
Antes de encontrar-se no fim
da tarde com o presidente Lula,
Mottaki foi recebido no Itamaraty por Celso Amorim.
Os dois chanceleres trataram
de planos de acordos em áreas
como agricultura e energia.
"Não conversamos sobre urânio", disse o brasileiro, citando
a matéria-prima usada para gerar energia nuclear.
A visita retribuiu a ida de
Amorim ao Irã em novembro.
Lula e o presidente Mahmoud
Ahmadinejad planejam encontro em breve, disse o Itamaraty.
Com agências internacionais
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