São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

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No Brasil, iraniano pede ação regional sobre crise afegã

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Irã justificou ontem a decisão de aceitar o convite dos EUA para participar da conferência internacional sobre o Afeganistão, no dia 31, na Holanda, sob o argumento de que a situação no país da Ásia Central só pode ser resolvida por meio de esforços internacionais coordenados.
"É preciso encontrar uma solução regional para a crise afegã. O objetivo do Irã é ajudar a estabilidade, a paz e a tranquilidade necessárias ao progresso da região", disse o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, em visita a Brasília ontem.
Não foi anunciado quem será o representante iraniano no encontro, que terá participação da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e de diplomatas de mais 80 países, entres eles o Brasil. O Irã mantém fortes vínculos com a minoria xiita do vizinho Afeganistão e é inimigo dos radicais sunitas do Taleban, que comandam a insurgência anti-Otan.
Num sinal de reconhecimento da influência regional de Teerã, o governo de Barack Obama convidou o Irã a juntar-se às discussões sobre a situação afegã, rompendo com a política de isolamento do antecessor George W. Bush.
Antes de encontrar-se no fim da tarde com o presidente Lula, Mottaki foi recebido no Itamaraty por Celso Amorim.
Os dois chanceleres trataram de planos de acordos em áreas como agricultura e energia. "Não conversamos sobre urânio", disse o brasileiro, citando a matéria-prima usada para gerar energia nuclear.
A visita retribuiu a ida de Amorim ao Irã em novembro. Lula e o presidente Mahmoud Ahmadinejad planejam encontro em breve, disse o Itamaraty.


Com agências internacionais



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