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ÁSIA
Milhares fogem de confrontos no Sri Lanka
DA REDAÇÃO
As Forças Armadas do Sri Lanka lançaram ontem ataques aéreos e de artilharia contra territórios controlados pelos rebeldes
Tigres Tâmeis, causando a fuga de
milhares de pessoas das áreas
bombardeadas. Foi a primeira
ação oficial desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 2002.
Pelo menos 10 pessoas morreram, segundo os rebeldes, e cerca
de 40 mil - principalmente da
minoria tâmil - abandonaram
suas casas, de acordo com a rede
britânica BBC.
O porta-voz do Exército, o brigadeiro Prasad Samarasinghe,
afirmou que a operação foi uma
reposta a um ataque perpetrado
pelos Tigres Tâmeis na terça-feira
contra um alto comandante militar do país. O militar ficou ferido,
mas 10 pessoas morreram. Um
porta-voz do governo também
anunciou que mais ataques serão
lançados caso os rebeldes continuem a agir.
À noite, o Exército disse que o
clima era de calma. Os rebeldes,
por sua vez, reagiram dizendo
que iriam retaliar se o governo
continuasse a lançar ataques.
"Parece que é uma situação de
guerra em Tricomalee. Se os ataques continuarem o LTEE (sigla
em inglês dos rebeldes) serão forçados a assumir uma ação militar
de defesa", disse à Agência Reuters S. Puleedevan, um dos chefes
do grupo, enquanto as posições
rebeldes eram bombardeadas.
Há duas décadas os Tigres Tâmeis estão envolvidos em uma
guerra civil e têm como objetivo
criar um território autônomo para sua etnia no nordeste do Sri
Lanka, argumentando que eles
são alvo de discriminação por
parte da maioria étnica cingalesa.
Em 2002, um cessar-fogo selado
na Noruega pôs um ponto final
nos confrontos abertos, mas disputas posteriores sobre a participação no governo minaram a trégua. Nos últimos meses, focos de
violência ajudaram a elevar a tensão novamente na ilha.
Um dos líderes políticos dos Tigres S. Elilan disse que os ataques
duraram até o fim da manhã. Ao
menos 10 pessoas morreram e 25
ficaram feridas. Equipes de socorro que ajudam na reconstrução
do país após o tsunami de 2004
afirmaram que estavam abandonando regiões do norte e leste do
país. Funcionários da ONU permanecem na região, mas cancelaram suas linhas de transporte.
Elian disse que muitas pessoas
precisaram de cuidados médicos,
mas não puderam ser transportadas porque as estradas estavam
bloqueadas. O Exército também
apresentou seu balanço de vítimas afirmando que três pessoas
foram mortas por morteiros lançados pelos rebeldes.
Com agências internacionais
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