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Recontagem dá maioria à oposição no Zimbábue
Ditador Robert Mugabe perde controle parlamentar pela 1ª vez desde 1980
Nova apuração da votação presidencial de março será concluída amanhã; Gordon Brown diz que irá pressionar por embargo na ONU
DA REDAÇÃO
Após recontagem parcial dos
votos da eleição ocorrida em 29
de março, feita a pedido do governo, o partido do ditador Robert Mugabe, 84, não conseguiu manter a maioria no Parlamento do Zimbábue, segundo
resultados divulgados ontem
pela Comissão Eleitoral.
É a primeira derrota do Zanu-PF desde que o país se tornou independente do Reino
Unido, em 1980.
Passado quase um mês da
eleição presidencial, a comissão anunciou que concluirá
amanhã a recontagem dos votos, embora sem precisar
"quando exatamente os resultados serão divulgados", segundo George Chiweshe, presidente do órgão.
O governo propõe a realização de um segundo turno contra o líder do oposicionista Movimento pela Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai, mas este diz ter vencido a
disputa e rejeita essa opção.
"A tentativa [ de recontagem]
era para reverter a vontade do
povo, e [a] rejeitamos. Mas posso confirmar que a maioria que
havíamos conquistado foi confirmada, segundo informações
recebemos", disse Nelson Chamisa, porta-voz do MDC.
A demora na recontagem dos
votos levou a comunidade internacional a pressionar Mugabe e provocou temores de que
possa haver conflitos em um
país em colapso econômico.
Ontem, o premiê britânico,
Gordon Brown, que defende
um embargo de armas contra
Zimbábue, afirmou que fará esforços diplomáticos para conseguir seu intento no Conselho
de Segurança da ONU.
"Os próximos dias serão críticos. Pressionaremos por uma
missão da ONU para investigar
a violência e o abuso contra os
direitos humanos", afirmou em
um comunicado. "Toda a comunidade internacional deve
se pronunciar contra o clima de
medo no Zimbábue."
Com agências internacionais
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