São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Autoridades brasileiras descartam que 2 casos suspeitos no país sejam da doença

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde descartou ontem a hipótese de gripe suína no caso de dois brasileiros que chegaram com sintomas suspeitos da doença em São Paulo, provenientes do México. Desde a noite de sábado, um homem de 24 anos encontra-se isolado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital.
"Até o momento, não há evidência da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil", segundo nota divulgada ontem pela pasta.
O paciente, morador de Osasco, voltou do México há 11 dias e apresentou sintomas suspeitos de gripe suína.
No domingo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) encaminhou para o hospital uma mulher que esteve no México e nos EUA até a semana passada. Ela procurou um ambulatório do aeroporto de Congonhas com tosse. A mulher foi liberada horas depois por não apresentar sintomas característicos.
O resultado dos exames do primeiro paciente sai em alguns dias. Até lá, o homem recebe tratamento com drogas antivirais.
Segundo a direção do hospital, não há motivo para pânico. O paciente não apresenta todos os sintomas característicos da doença, que são febre acima de 39º, acompanhada de tosse e/ ou dor de cabeça, muscular e nas articulações.
O quadro do paciente é clinicamente bom, segundo o patologista Edenilson Calore, porta-voz do instituto.
No sábado, a OMS (Organização Mundial de Saúde) soltou nota alertando sobre o perigo da doença tornar-se uma pandemia. Disse se tratar de um "evento de preocupação internacional".
No mesmo dia, o governo brasileiro instituiu um Gabinete Permanente de Emergência, com representantes de vários ministérios, para monitorar a situação.
De acordo com Calore, "o Instituto Emílio Ribas já começou a preparar sua estrutura para receber outros eventuais casos suspeitos". O hospital é referência no tratamento de pandemias.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde diz que "a Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está em alerta por conta dos casos registrados no México e nos EUA".

Precaução
A preocupação dos ministérios envolvidos no monitoramento da pandemia fez com que alertas sonoros passassem a ser divulgados em aeroportos que recebem viajantes da áreas afetadas -México e EUA, principalmente-, com informações e orientações sobre a doença. Tripulações dos aviões também foram aconselhadas a prestar informações.
Em caso de sintoma da doença, o passageiro deve se identificar à tripulação para ser encaminhado à Anvisa. O órgão vai passar a recolher a Declaração de Bagagem Acompanhada de passageiros provenientes dos países afetados, como forma de monitorar uma possível entrada do vírus no país.
O Ministério da Saúde pede que pessoas com sintomas da doença que estiveram nas áreas afetadas pela doença nos últimos dez dias procurem um posto de saúde. Quem for viajar a esses locais deve tomar precauções, como usar máscara cirúrgica descartável e evitar locais de aglomeração de pessoas. Não existe vacina para este vírus específico.


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