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Autoridades brasileiras descartam que 2 casos suspeitos no país sejam da doença
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde descartou ontem a hipótese de gripe suína no caso de dois brasileiros que chegaram com sintomas suspeitos da doença em
São Paulo, provenientes do
México. Desde a noite de sábado, um homem de 24 anos encontra-se isolado no Instituto
de Infectologia Emílio Ribas,
na capital.
"Até o momento, não há evidência da circulação do vírus da
influenza suína em humanos
no Brasil", segundo nota divulgada ontem pela pasta.
O paciente, morador de
Osasco, voltou do México há 11
dias e apresentou sintomas
suspeitos de gripe suína.
No domingo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) encaminhou para o hospital uma mulher que esteve no
México e nos EUA até a semana
passada. Ela procurou um ambulatório do aeroporto de Congonhas com tosse. A mulher foi
liberada horas depois por não
apresentar sintomas característicos.
O resultado dos exames do
primeiro paciente sai em alguns dias. Até lá, o homem recebe tratamento com drogas
antivirais.
Segundo a direção do hospital, não há motivo para pânico.
O paciente não apresenta todos
os sintomas característicos da
doença, que são febre acima de
39º, acompanhada de tosse e/
ou dor de cabeça, muscular e
nas articulações.
O quadro do paciente é clinicamente bom, segundo o patologista Edenilson Calore, porta-voz do instituto.
No sábado, a OMS (Organização Mundial de Saúde) soltou
nota alertando sobre o perigo
da doença tornar-se uma pandemia. Disse se tratar de um
"evento de preocupação internacional".
No mesmo dia, o governo
brasileiro instituiu um Gabinete Permanente de Emergência,
com representantes de vários
ministérios, para monitorar a
situação.
De acordo com Calore, "o
Instituto Emílio Ribas já começou a preparar sua estrutura
para receber outros eventuais
casos suspeitos". O hospital é
referência no tratamento de
pandemias.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde diz que "a Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está em alerta
por conta dos casos registrados
no México e nos EUA".
Precaução
A preocupação dos ministérios envolvidos no monitoramento da pandemia fez com
que alertas sonoros passassem
a ser divulgados em aeroportos
que recebem viajantes da áreas
afetadas -México e EUA, principalmente-, com informações e orientações sobre a
doença. Tripulações dos aviões
também foram aconselhadas a
prestar informações.
Em caso de sintoma da doença, o passageiro deve se identificar à tripulação para ser encaminhado à Anvisa. O órgão vai
passar a recolher a Declaração
de Bagagem Acompanhada de
passageiros provenientes dos
países afetados, como forma de
monitorar uma possível entrada do vírus no país.
O Ministério da Saúde pede
que pessoas com sintomas da
doença que estiveram nas áreas
afetadas pela doença nos últimos dez dias procurem um
posto de saúde. Quem for viajar
a esses locais deve tomar precauções, como usar máscara cirúrgica descartável e evitar locais de aglomeração de pessoas.
Não existe vacina para este vírus específico.
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