São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Líder articulou transição após apartheid

DO ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO

Frederik Willem de Klerk -FW, como é chamado pelos sul-africanos-, foi presidente de 1989 a 1994, quando foi sucedido por Nelson Mandela, de quem virou um dos vice-presidentes num governo de transição.
Cresceu numa típica família de conservadores africâners, a minoria descendentes de colonizadores holandeses do século 17 que, apesar de compreender apenas 6% da população, dominava politicamente o país.
Ao assumir a Presidência, já havia um processo secreto de negociação em curso entre Mandela e o governo. De Klerk deu os toques finais à democratização do país. Ganhou um Nobel da Paz por isso.
O ex-presidente, hoje sem militância partidária, ainda é uma voz influente no país. Causou furor ao pedir que não votassem no CNA e em seu candidato, Jacob Zuma, em razão de suspeitas de corrupção que pesam sobre ele.
Zuma, futuro presidente, foi acusado de participação num escândalo de venda de armas em 2001, mas as investigações foram suspensas pela Promotoria por questões técnicas no início do mês.
De Klerk vê muitos avanços desde o fim do apartheid, mas critica a principal política de integração racial, o Black Economic Empowerment ("fortalecimento econômico negro"), que favorece empresas com diretores negros em licitações.
(FZ)


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