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Líder articulou transição após apartheid
DO ENVIADO ESPECIAL A
JOHANNESBURGO
Frederik Willem de
Klerk -FW, como é chamado pelos sul-africanos-, foi presidente de
1989 a 1994, quando foi sucedido por Nelson Mandela, de quem virou um dos
vice-presidentes num governo de transição.
Cresceu numa típica família de conservadores
africâners, a minoria descendentes de colonizadores holandeses do século
17 que, apesar de compreender apenas 6% da
população, dominava politicamente o país.
Ao assumir a Presidência, já havia um processo
secreto de negociação em
curso entre Mandela e o
governo. De Klerk deu os
toques finais à democratização do país. Ganhou um
Nobel da Paz por isso.
O ex-presidente, hoje
sem militância partidária,
ainda é uma voz influente
no país. Causou furor ao
pedir que não votassem no
CNA e em seu candidato,
Jacob Zuma, em razão de
suspeitas de corrupção
que pesam sobre ele.
Zuma, futuro presidente, foi acusado de participação num escândalo de
venda de armas em 2001,
mas as investigações foram suspensas pela Promotoria por questões técnicas no início do mês.
De Klerk vê muitos
avanços desde o fim do
apartheid, mas critica a
principal política de integração racial, o Black Economic Empowerment
("fortalecimento econômico negro"), que favorece
empresas com diretores
negros em licitações.
(FZ)
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