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OUTRO LADO
Americanos dizem liderar defesa de direitos humanos
DE NOVA YORK
O governo dos EUA rejeitou
as acusações feitas pela Anistia
Internacional de que sua guerra contra o terrorismo provocou desrespeito aos direitos
humanos. "Eu não aceito isso",
disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.
"Os EUA exercem liderança
quando se trata de proteção aos
direitos humanos", declarou,
acrescentando que isso continuará a acontecer. Segundo
McClellan, "a guerra contra o
terrorismo protegeu os direitos
humanos de 25 milhões de pessoas no Afeganistão e de 25 milhões de pessoas no Iraque".
"As pessoas nesses países não
tinham o tipo de proteção a que
estamos acostumados nos
EUA e agora têm", disse.
O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher,
disse que, "se eles tivessem dito
que abusos ocorreram em Abu
Ghraib, não acredito que teríamos discordado", referindo-se
às praticas de tortura na prisão
iraquiana documentadas em
fotos que foram reveladas pela
imprensa americana.
Ele, no entanto, acrescentou
que rejeita "o argumento geral"
da Anistia Internacional.
A organização acusa o governo americano de abusos no Iraque, no Afeganistão e na prisão
de Guantánamo. Além disso,
defende que o unilateralismo
americano na Guerra do Iraque prejudicou a defesa dos direitos humanos no mundo todo por parte da ONU.
"Ao mesmo tempo", afirmou
Boucher, "deixem-me dizer
que consideramos seriamente
o relatório da Anistia". "Prestamos atenção ao que dizem,
analisamos os casos específicos
levantados por eles", declarou.
Também ontem, a assessora
de Segurança Nacional da Casa
Branca, Condoleezza Rice, se
reuniu com representantes de
organizações de defesa dos direitos humanos, entre eles integrantes da Anistia Internacional. Segundo o governo americano, o encontro já vinha sendo planejado e não tinha nenhuma relação com a divulgação do relatório da Anistia.
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