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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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ÁFRICA

Multidão protesta diante da embaixada americana

Combates matam 300 na Libéria; Bush pede renúncia do presidente

DA REDAÇÃO

Com cerca de 300 civis mortos nos últimos dias de combate na Libéria entre forças rebeldes e o governo, o presidente dos EUA, George W. Bush, pediu ontem ao presidente liberiano, Charles Taylor, que abandone o poder "para evitar um banho de sangue no país". "O presidente Taylor precisa renunciar para que o seu país possa evitar um banho de sangue maior", disse Bush em um discurso sobre sua política para a África, que visitará entre 7 e 12 de julho.
Uma multidão protestou ontem diante da Embaixada dos EUA em Monróvia (capital). Os EUA são acusados de não haver ajudado a proteger os civis dos combates que chegaram à capital. Os manifestantes deixaram corpos de quatro crianças, duas mulheres e um homem na porta do prédio. Testemunhas disseram que 18 corpos foram retirados de um complexo residencial diplomático dos EUA, onde milhares de famílias desesperadas buscaram refúgio. O local foi atingido por três mísseis anteontem.
Os combates continuam apesar da assinatura de um acordo de cessar-fogo, na semana passada, que previa a formação de um governo provisório, sem Taylor. O país está em guerra civil há três anos. Na década de 1990, outra guerra civil, de sete anos, deixou cerca de 200 mil mortos.
A saída pacífica de Taylor é considerada pouco provável. No início do mês, ele foi indiciado por uma corte da ONU por supostos crimes contra a humanidade na guerra civil de Serra Leoa. Durante dez anos, ele deu apoio a grupos rebeldes do país vizinho. Se deixar a Libéria, deve ser preso.


Com agências internacionais


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