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Governo americano se desentende sobre armas
DA REDAÇÃO
Em um novo round do debate
sobre a existência de armas de
destruição em massa no Iraque, a
Casa Branca bateu de frente com
o Departamento de Estado ao
contestar, ontem, um relatório
que punha em xeque a conclusão
da CIA (serviço secreto) sobre o
uso de trailers achados no Iraque
como laboratórios de armas.
Segundo o "New York Times",
em relatório secreto, o birô de inteligência e pesquisa do Departamento de Estado afirmou que era
"cedo" para determinar se os trailers faziam parte de um programa
de armas biológicas. A Casa Branca contestou a avaliação.
"Não é incomum que outras
agências, não envolvidas, dêem
sua opinião. Mas os especialistas
falaram, e a avaliação deles é clara", disse o porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleischer, acrescentando que o presidente George W.
Bush corroborava a avaliação da
CIA de que os trailers eram "fábricas de armas biológicas engenhosamente simples".
Já a AIEA (agência nuclear da
ONU) declarou que as peças de
uma centrífuga nuclear encontradas em um quintal em Bagdá seriam prova de que o país não reativou seu programa nuclear. A
centrífuga é usada para processar
urânio enriquecido, que pode ser
usado em armas atômicas.
O Iraque manteve um programa nuclear até 1991, quando a
ONU determinou seu desmantelamento. Para Washington, ainda
que não provem a manutenção
do programa na época da invasão
anglo-americana, as peças provariam a intenção de reativá-lo.
A Câmara dos Deputados dos
EUA rejeitou ontem dois pedidos
de deputados democratas (oposicionistas) para a abertura de inquéritos para apurar o uso dos relatórios de inteligência sobre as
armas iraquianas pelo governo.
Duas comissões do Senado promovem audiências sobre as armas, mas não são comissões de
inquérito.
Os republicanos acusam os democratas de uso eleitoreiro do debate sobre o Iraque.
Com agências internacionais
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