DE BUENOS AIRES

Exportadores de grãos e produtores rurais da Argentina rebateram ontem as acusações do governo de que estariam realizando "manobras irregulares" no comércio dos produtos.
Na véspera, a Casa Rosada fizera duas acusações contra o setor. Afirmou que as exportações de grãos e os lucros do campo teriam aumentado nos últimos meses apesar do recente locaute ruralista, decretado em março como reação ao aumento de impostos sobre a exportação de grãos e encerrado há uma semana, após mais de cem dias de paralisação. E pediu uma investigação na emissão e uso de cartas de porte [que permitem a exportação], que revelariam "um tráfico paralelo no comércio de grãos".
Em um anúncio de duas páginas nos jornais, as entidades que reúnem os exportadores afirmaram que as operações realizadas no período da crise foram assinadas ainda no ano passado, quando os impostos eram menores que hoje.
A Federação Agrária Argentina negou a acusação de que comanda um mercado negro de grãos e afirmou que a ação é uma forma de tentar enfraquecer o movimento.
(ADRIANA KÜCHLER)

Texto Anterior: Homenagem em Santiago aos cem anos de Allende reflete divisões chilenas
Próximo Texto: Narcotráfico: Quase 5% dos adultos usam drogas, diz ONU
Índice