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ORIENTE MÉDIO
Dois carros que levavam colonos são alvo de tiros perto de Hebron; grupo ligado ao Fatah assume autoria
Atentado palestino mata quatro israelenses
DA REDAÇÃO
Palestinos armados abriram fogo ontem contra dois carros israelenses na Cisjordânia, matando
quatro colonos judeus e ferindo
outros três. Três das vítimas pertenciam a uma mesma família:
um casal com um filho de 15 anos.
O ataque, perto da colônia de
Carmel, a cerca de 5 km de Hebron, reforça os temores de um
novo ciclo de violência. Na terça-feira, Israel bombardeou o edifício em Gaza onde vivia o líder do
grupo extremista islâmico Hamas
Salah Shehada. Além dele, morreram outros 14 palestinos, entre os
quais nove crianças.
Os terroristas atiraram contra o
primeiro veículo pouco antes do
início do shabat, dia judaico do
descanso. As três vítimas atingidas, da colônia de Psagot, viajavam para passar o shabat com
amigos. A quarta pessoa a morrer
estava no outro carro, a 4 km do
local. Os terroristas fugiram.
"O terror palestino se fechou
contra o seu alvo preferido: israelenses inocentes", disse David Baker, porta-voz do premiê Ariel
Sharon. "Esse ataque é uma prova
de que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) está envolvida no
terror. Os terroristas estão obcecados com qualquer perspectiva
de atacar israelenses em nossas
ruas, mercados ou estradas."
As Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa, grupo ligado ao Fatah (do
presidente da ANP, Iasser Arafat),
assumiu a autoria do ataque.
Operações desse tipo contra colonos nas estradas da Cisjordânia
se tornaram frequentes desde o
início da Intifada (levante contra a
ocupação), em setembro de 2000.
Tropas israelenses entraram
ontem na cidade de Gaza e derrubaram dois prédios que estariam
sendo usados para a fabricação de
mísseis Qassam. Quatro palestinos ficaram feridos na ofensiva.
Palestinos dispararam um míssil antitanque contra um ônibus
blindado que carregava civis israelenses na estrada Karni-Netzarim, na faixa de Gaza. Ninguém se
feriu. É a primeira vez que esse tipo de armamento é utilizado contra um ônibus.
O Hamas escolheu ontem o sucessor de Shehada à frente de sua
ala militar. Milhares de manifestantes marcharam no campo de
refugiados de Jabalya em apoio ao
novo líder, cujo nome não foi revelado por "razão de segurança".
Ao menos 1.467 palestinos e 564
israelenses já morreram nos quase dois anos da Intifada.
ONU
Numa reunião do Conselho de
Segurança da ONU ontem para
debater uma resolução patrocinada por árabes condenando Israel
pela ação em Gaza, os EUA anunciaram uma nova política. Segundo uma autoridade americana, o
embaixador do país, John Negroponte, disse que Washington vetará resoluções que deixem de incluir menções às vítimas israelenses e aos atentados palestinos.
Afirmou também que futuras
resoluções terão de conter condenação ao terrorismo, citando explicitamente grupos como o Hamas, o Jihad Islâmico e as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa.
Com agências internacionais
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