DA REDAÇÃO

A força de manutenção da paz comandada pela Otan (aliança militar ocidental) e a força policial internacional liderada pela ONU que atuam em Kosovo "fracassaram catastroficamente" em sua missão de proteger minorias étnicas durante os confrontos generalizados ocorridos na região em março, segundo relatório divulgado ontem pela organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
O relatório da organização não-governamental baseada em Washington lista ataques generalizados às minorias sérvia e cigana nos dias 17 e 18 de março e detalha o quase colapso das forças de segurança comandadas pela Otan e pela ONU durante os dois dias.
Segundo a Human Rights Watch, os soldados da Otan e os policiais da ONU não conseguiram conter grupos albaneses que atacaram encraves sérvios em Kosovo, destruindo cerca de 800 casas e dezenas de locais de culto religioso. Os dois dias de violência, que deixaram 19 mortos e por volta de 4.000 desabrigados, foram a "primeira oportunidade em que a capacidade dos soldados da Otan e a dos policiais da ONU foram verdadeiramente testadas", segundo a Human Rights Watch.
Seu relatório critica a falta de ação da Otan, que tem 19 mil soldados na região, e da ONU, que conta com 3.500 policiais em Kosovo. Além disso, ataca a falta de coordenação entre os dois órgãos.


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