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Washington envia pesos pesados a Israel
DA REDAÇÃO
Com o programa nuclear iraniano e outros temas na pauta,
o secretário da Defesa dos EUA,
Robert Gates, o enviado especial do país ao Oriente Médio,
George Mitchell, e vários outros membros seniores de Washington estarão nesta semana
em Israel para tentar abrir caminhos de consenso entre as
percebidas divergências políticas dos dois governos.
O alto número de encontros
e o ranking dos enviados -especialmente Gates- gerou especulações sobre planos a respeito de Teerã. O chefe do Pentágono conversará com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e com o ministro da
Defesa, Ehud Barak.
Outros membros da equipe
de Obama que estarão em Israel nesta semana incluem o
general James Jones, que encabeça o Conselho de Segurança
Nacional, e Dennis Ross, assessor especial para assuntos do
Irã e do golfo Pérsico. A Casa
Branca diz que as datas das viagens são coincidências.
Ansiedade
Declarações ao "New York
Times" de um funcionário de
Washington que não quis se
identificar indicam preocupação específica em negar que um
ataque esteja em discussão.
"Eles [os israelenses] estão ansiosos? Sim. Mas não estamos
tendo conversas regulares nas
quais eles chegam e dizem, "parem o engajamento agora,
bombardeiem o Irã amanhã"."
Para analistas, a preocupação
de Washington é tranquilizar
Israel quanto a seu apoio e convencer o premiê Netanyahu de
que ainda é cedo para pensar
em ações militares.
Israel já deixou claro que poderia atacar instalações do programa nuclear iraniano, mas
por enquanto concordou com a
política do governo de Barack
Obama de antes tentar engajar
o país diplomaticamente.
Teme-se que o programa nuclear iraniano possa construir
uma bomba daqui a entre 1 e 3
anos; Teerã, contudo, diz que
seu programa é pacífico.
Por sua vez, George Mitchell,
atualmente em giro pela região,
se reuniu com Ehud Barack ontem e disse "buscar a paz para
toda a região". Ele chegou a Tel
Aviv após visita à Síria, onde
discutiu formas de "melhorar
as relações" do país, o principal
aliado do Irã na região, com os
EUA e com Israel. À noite, partiu para o Cairo.
Hoje, é esperado na Cisjordânia, onde se encontrará com o
presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. O crescimento de assentamentos judaicos em regiões
destacadas para palestinos
também deverá ser abordado
nas discussões.
Com agências internacionais
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