DA REDAÇÃO

Os resultados das eleições da região semiautônoma iraquiana do Curdistão (norte) ainda não foram divulgados, mas a oposição já afirma que houve violações generalizadas na votação do último sábado. As acusações vão de voto por eleitores não registrados a bloqueio das zonas eleitorais a observadores.
A comissão eleitoral do país diz que vai investigar, mas crê que o voto para parlamentares e presidente da região, com 78% de comparecimento, ocorreu sem grandes incidentes.
Antes da eleição, pesquisas indicavam que o presidente Mahmoud Barzani, do Partido Democrático do Curdistão (KDP), tinha reeleição garantida -o partido afirmou ontem que venceu. Na eleição ao Parlamento regional, a expectativa é que a coalizão opositora Mudança ganhe forte presença.
Em comunicado, a Mudança afirmou que as autoridades curdas executaram um "plano premeditado para mudar os resultados em seu próprio benefício".
Entre os temas mais quentes da campanha estavam suspeitas de corrupção e nepotismo dos partidos tradicionais curdos e a relação com Bagdá, que disputa com o governo local o controle de áreas ricas em petróleo. Resultados preliminares devem se anunciados hoje, e finais, no final da semana.