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UE ratifica novas sanções contra o Irã
Objetivo é sufocar economia, sobretudo setores de gás e petróleo, e forçar país a abandonar programa nuclear
Teerã, que afirma que programa tem fins pacíficos, entrega carta na qual se diz disposta
a negociar com AIEA
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
A União Europeia aprovou
ontem a adoção de novas
sanções contra o Irã para sufocar ainda mais a economia
do país e forçá-lo a abandonar seu programa nuclear. O
programa, diz Teerã, tem fins
pacíficos (energia elétrica).
Mas EUA e Europa afirmam
que ele quer tecnologia para
produzir armas atômicas.
O detalhamento das sanções ainda será divulgado. O
foco é o setor de gás e petróleo, espinha dorsal da combalida economia iraniana.
Serão proibidos investimentos, transferência de tecnologia ou projeto de assistência
técnica para essas áreas.
Também haverá corte de
importações e na concessão
de vistos. Serão impostas restrições a transações financeiras feitas por ou para iranianos, e companhias marítimas e aéreas de carga daquele país serão proibidas de
atuar nos 27 países da UE.
As sanções são mais severas que as anunciadas pela
ONU em junho e devem surtir
mais efeito, pois a UE é a
principal parceira comercial
do Irã. No começo do mês, os
EUA ampliaram suas sanções ao Irã, proibindo a venda de gasolina e restringindo
as transações financeiras.
No domingo, o presidente
do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país reagiria
com força a mais sanções.
Mas ontem Teerã entregou
carta à Agência Internacional de Energia Atômica em
que afirma que o país está
disposto a negociar o enriquecimento de seu urânio.
A chefe da diplomacia da
UE, Catherine Ashton, disse
que a iniciativa de retomar o
diálogo é positiva, mas que é
preciso saber exatamente o
que o Irã propõe. "Nosso objetivo é, era e será trazer o Irã
a uma mesa de negociações
para resolver essa questão."
CANADÁ
O Canadá também anunciou ontem sanções ao Irã.
Serão vetados investimentos
em petróleo e gás e haverá
restrições a exportações de
produtos que possam ser
usados no programa nuclear.
Bancos iranianos não poderão abrir agências no país.
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