São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010

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UE ratifica novas sanções contra o Irã

Objetivo é sufocar economia, sobretudo setores de gás e petróleo, e forçar país a abandonar programa nuclear

Teerã, que afirma que programa tem fins pacíficos, entrega carta na qual se diz disposta a negociar com AIEA


VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

A União Europeia aprovou ontem a adoção de novas sanções contra o Irã para sufocar ainda mais a economia do país e forçá-lo a abandonar seu programa nuclear. O programa, diz Teerã, tem fins pacíficos (energia elétrica). Mas EUA e Europa afirmam que ele quer tecnologia para produzir armas atômicas.
O detalhamento das sanções ainda será divulgado. O foco é o setor de gás e petróleo, espinha dorsal da combalida economia iraniana. Serão proibidos investimentos, transferência de tecnologia ou projeto de assistência técnica para essas áreas.
Também haverá corte de importações e na concessão de vistos. Serão impostas restrições a transações financeiras feitas por ou para iranianos, e companhias marítimas e aéreas de carga daquele país serão proibidas de atuar nos 27 países da UE.
As sanções são mais severas que as anunciadas pela ONU em junho e devem surtir mais efeito, pois a UE é a principal parceira comercial do Irã. No começo do mês, os EUA ampliaram suas sanções ao Irã, proibindo a venda de gasolina e restringindo as transações financeiras.
No domingo, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país reagiria com força a mais sanções.
Mas ontem Teerã entregou carta à Agência Internacional de Energia Atômica em que afirma que o país está disposto a negociar o enriquecimento de seu urânio.
A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, disse que a iniciativa de retomar o diálogo é positiva, mas que é preciso saber exatamente o que o Irã propõe. "Nosso objetivo é, era e será trazer o Irã a uma mesa de negociações para resolver essa questão."

CANADÁ
O Canadá também anunciou ontem sanções ao Irã. Serão vetados investimentos em petróleo e gás e haverá restrições a exportações de produtos que possam ser usados no programa nuclear. Bancos iranianos não poderão abrir agências no país.


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